O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo chegou a 643, segundo balanço divulgado no domingo, 17, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 116 municípios de todos os nove Estados do Nordeste e do Espírito Santo foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.
O balanço também indica que 18 localidades ainda estão com manchas de óleo, outras 363 têm fragmentos da substância e 262 são consideradas "limpas". Os pontos com mais de 10% de contaminação estão exclusivamente em Alagoas (3), na Bahia (10), no Rio Grande do Norte (2) e no Sergipe (3). Dentre os locais em que o óleo foi avistado em monitoramento do Ibama nas últimas 48 horas, estão a Praia de Três Coqueiros, na Bahia, e os manguezais da Ilha do Caju, no Maranhão.
Por unidade federativa, as 353 localidades ainda oleadas se distribuem da seguinte forma: Bahia (170), Sergipe (60), Alagoas (46), Pernambuco (19), Rio Grande do Norte (20), Espírito Santo (44), Ceará (8), Maranhão (6), Paraíba (1) e Piauí (7).
Em relação à fauna, ao menos 141 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (96) e aves (31). Nas redes sociais, a Fundação Mamíferos Aquáticos chegou a compartilhar imagens da recuperação de uma ave oleada encontrada em Maragogi (AL).
Na Praia do Janga, em Paulista (PE), o Estado chegou a encontrar algumas dezenas de peixes mortos junto a uma grande mancha em outubro. Além disso, o material já foi encontrado em regiões de corais.
Pesquisadores apontam que o petróleo também foi encontrado no organismo de animais diversas, como mariscos e peixes. Eles também ressaltam que o impacto ambiental do óleo pode persistir por décadas.
A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado no segundo Estado, Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a receber óleo, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos são encontrados no Espírito Santo desde 7 de novembro.
Ao todo, foram retiradas mais de 4,5 mil toneladas de petróleo e itens contaminadas com o óleo, tais como baldes e equipamentos de proteção.
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