O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, poderá ser alvo de um processo de investigação da Comissão de Ética Pública da Presidência que investigará a sua conduta após as declarações referentes a um inquérito contra Michel Temer (MDB), informou o Estadão.
A polêmica começou após uma entrevista de Segovia para a Reuters, onde afirmou que o inquérito contra Temer deve ser arquivado, pois as investigações não teriam encontrado irregularidades relacionadas ao decreto dos concedido pelo presidente que beneficiou empresários. Isso fez com que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso cobrasse explicações e os próprios delegados que cuidam do inquérito contra Temer afirmaram que as investigações continuam.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoFernando Segóvia
O presidente da comissão, Mauro Menezes, afirmou que na próxima segunda-feira (19) haverá uma reunião do colegiado, onde será analisado o caso do diretor da Polícia Federal, destacando que Segovia poderá ser alvo de um inquérito para apurar se houve alguma conduta que não condiz com o cargo que ocupa.
“Se houver o ingresso de alguma representação, nós certamente levaremos na reunião na segunda-feira. Se não houver nada até lá, a própria comissão pode discutir o caso e decidir se abre ou não um processo”, explicou Mauro.
O governo federal tenta abafar toda a polêmica envolvendo o diretor que foi nomeado para o cargo em novembro de 2018.
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