Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) nos benefícios do programa social Bolsa Família identificou 345.906 famílias ‘com fortes indícios de terem falseado a declaração da informação de renda’ no cadastro.
Confira o relatório clicando aqui.
Segundo o relatório, o governo pagou indevidamente mais de R$ 1,3 milhão a pessoas que não tinham direito ao benefício. A CGU afirma que quem recebeu o dinheiro indevidamente está sendo localizado.
"Não é aquele indivíduo que aumentou a renda, conseguiu emprego, melhorou que a gente vai atrás. O que nos preocupa é aquele caso da pessoa que já entrou errada, tem um padrão de vida excelente, que está fraudando o programa de fato", afirmou Antônio Carlos Leonel, secretário federal de controle interno da CGU.
- Foto: Alina Souza/Especial Palácio Piratini/Fotos PúblicasBolsa Família
De acordo com informações do Estadão, a auditoria constatou que existem funcionários públicos recebendo o benefício. Famílias com casa própria e carro de luxo também foram identificadas no cadastro.
A CGU informou que ‘nas situações em que a irregularidade ficar comprovada, após a condução de processo administrativo, serão aplicadas sanções legais, tais como devolução de valor e impossibilidade de retornar ao Programa por um ano’.
O Bolsa Família foi criado em 2003 para atender famílias em condições de extrema pobreza. Tem direito ao benefício a família que tem renda de R$ 170 por pessoa. Algumas famílias apontadas na fiscalização da CGU tinham renda de mais de R$ 1.900 por pessoa.
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