Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (24), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou que tenha engavetado os pedidos de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) protocolados na Câmara, após revelações dos empresários do grupo JBS na delação premiada. "Estão dizendo que eu engavetei. Não tomei decisão. Não é uma decisão que se tome da noite para o dia", declarou.
Para Maia, uma questão "tão grave como essa" não pode ser avaliada num drive-thru. "Eu não posso avaliar uma questão tão grave como essa num drive-thru. Não é assim. Não é desse jeito. Quanto tempo se discutiu, se passou aqui a crise do governo Dilma? As coisas não são desse jeito", afirmou o presidente da Câmara.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Rodrigo Maia
De acordo com o Estadão, Maia disse que, como presidente da Câmara, "não será instrumento para desestabilização do Brasil". "Esse tem sido meu comportamento, de muita paciência, muita calma, tentando construir uma agenda de recuperação da crise econômica. Estou olhando para 2018 com Brasil podendo crescer 3%,4%. E acho que, com esse olhar, preciso ter agenda que garanta essa possibilidade no ano que vem", afirmou Maia.
O presidente da Câmara ainda fez uma avaliação da votação dessa terça no plenário da medida provisória (MP) que autoriza saque de contas inativas do FGTS. Segundo ele, isso é uma sinalização importante para o governo, mas também para sociedade de que a Casa está focada na recuperação econômica do País.
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