A Comissão de Ética Pública da Presidência vai abrir investigação contra a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, por receber diárias de viagens sem a correspondente atividade de trabalho. A ministra ficou conhecida após ter pedido salário de 61,4 mil sob alegação de trabalho escravo.
A Comissão vai apurar a prestação de contas das diárias das viagens recebidas pela ministra, que terá dez dias para apresentar sua defesa ao colegiado.
- Foto: Reprodução/PSDBMinistra Luislinda Valois
“Trabalho escravo”
Luislinda é também desembargadora aposentada e pedia para que o salário fosse acumulado ao de ministra, perfazendo R$ 61,4 mil. Atualmente, o teto constitucional permite que o valor máximo recebido por um funcionário público seja de R$ 33,7 mil.
A ministra dizia que a situação “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”.
Com a repercussão, a ministra desistiu de reivindicar o acúmulo dos dois salários. Além do salário de mais de R$ 30 mil, Luislinda tem direito a carro, motorista e viagens de avião da Força Aérea para compromissos profissionais.
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