O vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, admitiu em depoimento à Polícia Civil de São Paulo que recebia uma mesada do PCC para prestar serviços à facção.
De acordo com a Veja, Santos disse que vinha sendo pago pelo PCC desde janeiro de 2015 e que só não recebeu neste mês porque a organização criminosa atrasou o pagamento. O objetivo dos criminosos era que ele usasse sua influência para interceder por membros da facção.
- Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão ConteúdoLuiz Carlos dos Santos
Em seu depoimento, ele diz que recursou fazer esse tipo, mas aceitou “auxiliá-los em processos envolvendo reclamações contra o Sistema Prisional Paulista”. Santos afirmou ainda que em fevereiro de 2015 tentou se desvencilhar do esquema, mas que “não havia mais volta”. Ele disse que foi ameaçado, quando num certo dia um motoqueiro desconhecido o surpreendeu na frente de casa com a foto dos filhos, segundo Santos. A Polícia Civil considera que parte das declarações do conselheiro é uma estratégia de defesa para dizer que foi coagido.
Santos é um dos 55 alvos da Operação Ethos, que desmontou o núcleo jurídico da facção, a chamada “célula R. Ele teve a prisão temporária, antes válida por cinco dias, prorrogada pela Justiça paulista nesta sexta-feira (25), no mesmo dia em que foi afastado do cargo pelo Condepe.
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