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Golpistas se dizem funcionários do Banco Central para tirar dinheiro das prefeituras

"Sei que foi uma falha minha, mas eu assumo a responsabilidade. Agora, nós estamos correndo atrás, para ver se consegue reaver esses recursos."

 Mesmo com 30 anos de experiência no setor de finanças, o secretário de gestão de Paranavaí, Gilmar Pinheiro, caiu no golpe: mandou pagar quase R$ 10 mil por uma dívida que não existe.

“Sei que foi uma falha minha, mas eu assumo a responsabilidade. Agora, nós estamos correndo atrás, para ver se consegue reaver esses recursos."

O Banco Central está alertando as prefeituras para a fraude. Pessoas que se passam por funcionários do banco cobram débitos de processos judiciais e ameaçam bloquear as contas do município se o depósito não for feito.

Foi o que aconteceu com Pinheiro. Ele conta que uma mulher ligou, disse que era do Banco Central e informou uma dívida de quase R$ 10 mil com uma empresa de cobrança de Campinas, no interior de São Paulo, tinha que ser paga naquele dia. Ele pediu informações, por escrito. O e-mail veio com erros grosseiros:

O e-mail foi com erros grosseiros. O e-mail não é oficial, no texto, vara cível virou vara civil. São citadas duas varas - a segunda e a quarta - e o juiz que aparece no documento falso não é titular de nenhuma das duas.

Mas o secretário só se deu conta da fraude, ao receber uma nova cobrança no dia seguinte. O segundo pagamento não foi feito e a prefeitura tenta agora, na justiça receber o que pagou indevidamente. Mas pode ser tarde. Quem aplicou o golpe já sacou o dinheiro.

Na mesma região, Itaúna do Sul e Planaltina do Paraná, também perderam dinheiro. Em Planaltina, a vítima foi o presidente da Câmara dos Vereadores. Ele teve que repor do bolso os R$ 3 mil que mandou pagar com dinheiro público. “No momento para nós era verídico".

Os estelionatários já haviam tentado a prefeitura. Mas o chefe de gabinete de Planaltina não acreditou na conversa e fez o básico, com ensina o Banco Central - checou se a dívida existia: “como foram mais de uma oportunidade e eu já havia constatado que não existia então dívida, a partir do momento que ligou eu já sabia que era então uma tentativa de golpe".
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