A empresa aérea Voepass entrou com um pedido de tutela judicial nesta segunda-feira (3) para se reestruturar financeiramente. O objetivo é proteger a empresa de cobranças por parte de credores, além de permitir a realização das mudanças necessárias para a continuidade das operações.

No início de agosto de 2024, um avião da Voepass caiu em Vinhedo (SP), deixando 62 pessoas mortas. De acordo com as investigações preliminares, a causa do acidente seria o acúmulo de gelo nas asas da aeronave.

Foto: Divulgação/Ascom
Voepass

Desde o acidente, a empresa enfrenta graves dificuldades financeiras, além de queda no número de passageiros. A Voepass afirmou que dará prioridade ao pagamento de salários e benefícios dos funcionários, além de manter seus compromissos com fornecedores pelos serviços prestados.

“A operação de suas rotas atuais segue com normalidade, assim como a venda de passagens e as reservas, que podem ser encontradas no site da Voepass, além dos canais de vendas das empresas parceiras”, declarou a companhia em nota.

Além disso, a empresa destacou que a medida de tutela não abrange os processos indenizatórios relacionados ao acidente de 2024, pois estes estão sendo conduzidos por meio de seguradora. “A companhia segue empenhada nas tratativas com as famílias para garantir a conclusão do processo da forma mais ágil e satisfatória possível”, afirmou a empresa.

A companhia enfrenta uma recuperação mais lenta quando comparada com outras empresas aéreas que também passaram por desastres de grande repercussão, como a Tam (atual Latam), em 2007, e a Gol, em 2006.