O ministro das Comunicações, Juscelino Filho , utilizou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar entre o litoral da Bahia e Brasília no dia 10 de janeiro, enquanto estava em férias com a família. A viagem foi motivada por uma convocação emergencial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma reunião no Palácio do Planalto. A solicitação do voo, feita no dia anterior, ocorreu devido à falta de opções comerciais que permitissem a chegada do ministro a tempo do encontro, que discutiria novas diretrizes da Meta, responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp.
Apesar de estar em período de descanso, Juscelino Filho justificou o uso da aeronave oficial alegando que a reunião era de caráter urgente. Segundo seu gabinete, o encontro foi marcado para as 10h, e o aviso sobre a convocação ocorreu por volta das 18h do dia 9 de janeiro. A falta de alternativas comerciais viáveis para chegar a Brasília em tempo levou à decisão de solicitar o voo da FAB, o que gerou contestação sobre o uso do recurso público em um momento de férias do ministro.
A regulamentação do uso de aviões da FAB estabelece que esses voos devem ser solicitados apenas em casos de emergências médicas, segurança ou compromissos de trabalho. No entanto, o gabinete do ministro alegou que a viagem se enquadrava na categoria de compromisso oficial.
A justificativa inclui ainda que, após o encontro com o presidente, Juscelino retornou a Porto Seguro no mesmo dia, utilizando novamente a aeronave da FAB, mesmo com voos comerciais disponíveis em outros horários.
O uso do transporte oficial gerou críticas, principalmente pela falta de explicações sobre o motivo de ter retornado à Bahia utilizando um voo da FAB, sem que houvesse urgência no deslocamento. O Ministério das Comunicações não esclareceu completamente o caso, mas destacou que outros deslocamentos do ministro durante as férias ocorreram via voos comerciais, quando havia opções viáveis.