O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se irritou com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, devido à escolha do senador Rodrigo Cunha como relator do PL do Mover. Cunha, ao anunciar sua decisão de retirar a taxação federal das compras de até US$ 50 do projeto, desagradou Lira, já que esse dispositivo havia sido acordado entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lira esperava que Pacheco orientasse Cunha sobre esse acordo, o que não aconteceu. Antes da sessão do Senado, Pacheco afirmou que havia um compromisso com Cunha para sua participação na comissão que trataria da medida provisória do Mover. Ele ressaltou que a inclusão da taxação das compras no projeto não era um problema, mas a decisão de Cunha deveria ser respeitada.

A votação do PL do Mover foi adiada devido à falta de acordo entre os senadores sobre a taxação, e uma nova reunião de líderes foi marcada para iniciar as negociações sobre a proposta. No Planalto, a surpresa foi evidente com a situação. Lira mencionou que o ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, negou ter concordado com a mudança.

Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais, afirmou que o governo trabalharia para manter o projeto acordado com os deputados, mantendo a taxação de 20% para as compras de até US$ 50.