Emoções e surpresas marcaram o nascimento do pequeno Arthur, no dia 24 de maio, em Mato Grosso do Sul. O bebê, além de encantar a família com sua chegada, deixou parentes e toda a equipe médica admirados ao ser retirado da barriga da mãe já com seis dentes aparentes.

A médica obstetra Luciana Tannus, responsável pelo parto, compartilhou nas redes sociais o que parecia ser uma condição raríssima: o recém-nascido tinha seis "dentinhos" na boca. Em um vídeo postado pela médica no Instagram, é possível ver o momento em que ela puxa o lábio superior da criança, revelando o que pareciam ser dentes, já despontando na gengiva.

O equívoco esclarecido

A mãe de Arthur foi para casa acreditando que seu bebê tinha uma condição única. Apenas na consulta com a odontopediatra, três dias depois, ela descobriu a verdadeira natureza dos "dentes". O que pareciam ser dentinhos de leite era, na verdade, a gengiva de Arthur, cuja formação é um pouco diferente do habitual, mas não apresenta nenhuma anormalidade.

“A mãe entrou falando ‘meu filho nasceu com dente’. Eu disse: isso acontece. A mãe falou: mas são seis dentes! Aí eu disse: isso não é normal", relatou a especialista Regina Raffaele. Contudo, após os exames, a odontopediatra identificou que os "dentes" eram apenas a gengiva do menino, com uma “alteração fisiológica”.

Explicação e tranquilidade

A aparência de dentes se deve à pressão no tecido gengival, explicou a profissional de saúde. “Depois, quando vasculariza, volta ao normal”. A especialista ressaltou ainda que não há motivos para preocupação: Arthur vai desenvolver sua dentição no tempo correto da natureza.

Dentes natais: uma raridade

Embora o caso de Arthur tenha sido um equívoco, é importante notar que bebês podem nascer com dentes, chamados de dentes natais. Essa ocorrência é rara, presente em cerca de 1 em cada 2.000 a 3.000 nascimentos. Esses dentes podem ser dentes decíduos (de leite) que erupcionaram precocemente ou dentes adicionais que se formaram durante o desenvolvimento fetal. A presença de dentes natais geralmente não indica problemas graves de saúde, mas uma avaliação odontopediátrica é recomendada para determinar o melhor curso de ação e garantir a saúde oral do bebê.