A Justiça Federal determinou novo arquivamento do inquérito que investigava o acidente aéreo que matou o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos , em 2014. Além do político, outras seis pessoas morreram.
O despacho determinando o arquivamento foi assinado no dia 1º de abril pelo juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos. No documento, o magistrado afirmou que todas as peculiaridades do caso já foram “devidamente esmiuçadas em outras oportunidades”, razão pela qual, segundo ele, não há “quaisquer elementos que venham a alterar o panorama” já investigado.
O acidente que matou Eduardo Campos aconteceu em 13 de agosto de 2014. O avião com Eduardo Campos, então candidato do PSB à Presidência da República, caiu em um terreno baldio no bairro Boqueirão, na cidade de Santos. A aeronave havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ), com destino à Base Aérea de Santos, em Guarujá (SP).
Investigação
A Polícia Federal concluiu o inquérito em 2018, apresentando quatro possíveis causas para o acidente: colisão com um elemento externo; desorientação espacial; falha de profundor; e falha de compensador de profundor. Também conhecido como leme de profundidade, o profundor é uma parte do estabilizador horizontal, que controla o movimento da aeronave em torno do eixo lateral.
Um ano depois, o Ministério Público Federal (MPF) arquivou o processo sem determinar a real causa da queda do avião. Em 2023, a família de Eduardo Campos pediu a reabertura do caso e a Justiça Federal pediu parecer do órgão ministerial, que opinou pela homologação do arquivamento do inquérito.