O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido -RJ) prestou depoimento junto ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (21). Ele é acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018. Ao depor, ele negou qualquer envolvimento com o ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do crime.
Chiquinho Brazão permanece preso em uma penitenciária federal em Campo Grande desde março de 2024. Ele se tornou réu na ação penal que trata do homicídio da vereadora após delação premiada de Lessa, que efetuou os tiros que mataram Marielle. O parlamentar foi ouvido pelo juiz Airton Vieira, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação.
A princípio, o deputado federal se emocionou ao falar sobre os familiares, e em seguida negou ter tido contato pessoal com Ronnie Lessa e sobre sua relação com a vítima. “Não tenho dúvida de que ele poderia me conhecer, mas eu não tenho lembrança de ter estado com essa pessoa [...] foi maldade o que fizeram. Marielle tinha um futuro brilhante. Ela era uma vereadora muito amável”, declarou Brazão.
Irmão envolvido no crime
O conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e irmão do parlamentar, Domingos Brazão, também é réu na mesma ação penal, apontado como o segundo mandante do assassinato da vereadora. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira, também respondem por homicídio e organização criminosa.