O Ministério de Minas e Energia vai endurecer as regras de eficiência energética, que determinam os modelos de geladeiras e congeladores de uso doméstico que podem ser vendidos no país. A medida prevê a saída dos refrigeradores mais baratos do mercado do país.
De acordo com a Eletros, entidade que representa o setor, isso elevaria o preço mínimo das geladeiras para mais de R$ 5.000. Atualmente, é possível encontrar refrigeradores a partir de R$ 1.500.
A partir do próximo dia 31, começa a primeira etapa, quando só poderão ser fabricados e importados modelos com um índice máximo de 85,5% do consumo de energia. Os que já foram produzidos antes desse prazo-limite podem ser vendidos até o final de 2024.
Até o final de 2027, o índice aumentará para 90% na segunda etapa. Apesar de ser menor do que o da etapa anterior, para os fabricantes e especialistas, o número é ainda mais rigoroso.
Impactos da mudança
De acordo com o ministério, a alteração nas regras permitirá o corte na emissão de 5,7 milhões de toneladas de gás carbônico até 2030. Para a pasta, os produtos serão, em média, 17% mais eficientes do que os atuais.
A decisão não é bem avaliada pela Eletros. Segundo a entidade, as geladeiras mais baratas custarão entre quatro a seis salários mínimos, o que elitiza o setor e tira do mercado os produtos mais baratos para a população de baixa renda.