A condenação do empresário Eduardo Engler sofreu uma reviravolta após a Polícia Federal (PF) apontar irregularidades na decisão proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes . Segundo o advogado de Engler, ele foi preso no Palácio do Planalto enquanto buscava abrigo das bombas de efeito moral lançadas pela polícia, e foi condenado a 17 anos de prisão por participar das manifestações do 8 de janeiro.
Durante julgamento, o ministro da Suprema Corte afirmou que o empresário esteve presente na Praça dos Três Poderes um dia antes dos protestos. Contudo, o laudo da Polícia Federal apontou algo totalmente destoante, pois Engler só chegou em Brasília no dia das manifestações.
Baseada na geolocalização do celular do empresário, o perito Leandro Barcelos chegou à conclusão de que dois dias antes do 8 de janeiro, Eduardo Engler ainda estava em deslocamento rumo à capital da DF. Em 6 de janeiro, ele saiu de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e um dia depois chegou ao município de Ourinhos, no Estado de São Paulo.
O advogado do empresário, Marcos de Azevedo, já havia apresentado documentação que apontava o mesmo ocorrido, e provava que seu cliente “nunca esteve nos acampamentos com os demais manifestantes”. Após o laudo ser anexado, Moraes levou o caso ao plenário físico do STF nesse domingo (05), e agora os magistrados devem reiniciar o julgamento.