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*Por Josenildo Melo
Imagem: GP1Josenildo Melo(Imagem:GP1)Josenildo Melo
Onde existe? E existe? Primeiramente o que significa discrepância? Significado de Discrepância: s.f. Discordância; que demonstra desigualdade, quando comparado com outra coisa ou pessoa. Divergência; que possui diferença de pensamentos ou opiniões: discrepância entre duas teorias. Qualidade ou particularidade daquilo que discrepa, não tem harmonia: discrepância de tons. (Etm. do latim: discrepantia). É o novo mundo; tentemos entendê-lo.

Tudo parece encaminhar-se rumo à contradição de fatos e acontecimentos de acordo com as realidades que imperam no mundo político; tem momentos que chegamos a pensar que virou uma verdadeira baderna discrepante e contraditória. No entanto, devemos sempre imaginar que o mundo e a realidade nem sempre é de acordo com o que cremos e desejamos que seja. A contradição soa e ressoa e parece dar a tônica da contemporaneidade. E quem liga pra contradição? O que é mesmo contradição? Significado de contradição: n.f. Afirmação oposta, inversa ou contrária ao que alguma pessoa disse; incongruência entre ações ou comentários consecutivos relativamente àquilo que se disse; discordância de pontos de vista, perspectivas, emoções, vocábulos ou ideias; ação ou resultado de (se) contradizer; impugnação ou refutação. (Etm. Do latim: contradictione). O mundo político é discrepante e contraditório; em se tratando de política não devemos ficar perplexos com nada; a circunstancialidade comanda a Política!

A palavra política deriva de politikós, do grego, e diz respeito àquilo que é da cidade, da pólis, da sociedade, ou seja, que é de interesse do homem enquanto cidadão. Um dos primeiros a tratar da política como uma prática intrínseca aos homens foi Aristóteles.

Ao longo do tempo, política deixou de ter o sentido de adjetivo (aquilo que é da cidade, sociedade) e passou a ser um modo de “saber lidar” com as coisas da cidade, da sociedade. Fazer política pode estar associado às ações de governo e de administração do Estado; também diria respeito à forma como a sociedade civil se relaciona com o próprio Estado.
Segundo Norberto Bobbio, falar em política enquanto prática humana conduz, consequentemente, a se pensar no conceito de poder. O poder estaria ligado à ideia de posse dos meios para se obter vantagem (ou para fazer valer a vontade) de um homem sobre outros. Assim, o poder político diria respeito ao poder que um homem pode exercer sobre outros, a exemplo da relação entre governante e governados (povo, sociedade). Podemos ter poderes políticos legitimados por vários motivos, como pela tradição (poder de pai, paternalista), despótico (autoritário, exercido por um rei, uma ditadura) ou aquele que é dado pelo consenso, sendo este último um modelo de governo esperado. O poder exercido pelo governante em uma democracia, por exemplo, dá-se pelo consenso do povo, da sociedade.

Conforme nos mostra o sábio intelectual Norberto Bobbio, há uma tipologia moderna das formas de poder, como poder econômico, poder ideológico e poder político, sendo que este último seria aquele no qual se tem a exclusividade para o uso da força. Nas palavras de Bobbio, “o poder político, enfim, funda-se sobre a posse dos instrumentos através dos quais se exerce a força física (armas de todo tipo e grau): é o poder coativo no sentido mais estrito da palavra”. Contudo, Norberto Bobbio também aponta que não é apenas o uso da força, mas sim seu monopólio, sua exclusividade, que tem o consentimento da sociedade organizada.
Qual o sentido do texto discrepância contraditória? A percepção de que não devemos ficar perplexos com nada no quesito mundo político; o que ontem defendia plataformas diferenciadas ideologicamente de muitos pode muito bem em um novo momento defender posicionamentos iguais e de poucos. A vida fica mais saudável em não perceber discrepâncias contraditórias no mundo político e na própria sociedade; tudo parece ser a ótica perceptiva do mundo atual. O melhor é seguir a máxima: Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra!
É a vida; já dizem os sábios que o melhor mesmo é conviver harmonicamente com tudo e com todos sem perder a gratidão e o devido apreço respeitoso das relações construídas.

Entender atitudes e posicionamentos políticos, dos políticos; não é nada fácil! O sereno e sensato é simplesmente visualizar o antes e depois da ocupação de espaços de PODER!

*Josenildo Melo é católico. Assistente Social e Jornalista. Estudante de Direito.


*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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