*Por Júlio César Cardoso
Dói-me ver as injustiças sociais. Angustia-me continuar a assistir o descaso com que os agentes públicos (governos) e políticos tratam a sociedade mais carente no Brasil. Não se fortalece a infraestrutura básica social – Educação, Saúde, Segurança, Habitação, Desemprego etc. -, mas o governo e os políticos se preocupam muito com a macroeconomia, e se esquecem de fazer o dever de casa, onde cidadãos brasileiros ainda vivem de forma rudimentar em pleno século 21.
Realmente, a gente tem que duvidar da seriedade de nossos políticos e governos. Temos um inchado e inoperante Congresso Nacional, que não se preocupa com as mazelas sociais, ou seja, com o que está ocorrendo com a sociedade carente em todo o rincão brasileiro. Mas para fazer política mesquinha, estreita, de interesse pessoal ou de grupos que representam, os ditos ilustres parlamentares são muito hábeis.
Agora mesmo, estamos assistindo deputados e senadores eleitos, em pleno exercício de mandato, interromperem as suas obrigações parlamentares para disputar as eleições municipais, ou para ajudar as campanhas políticas de seus correligionários candidatos. É só com politicagem que eles se preocupam. Enquanto isso, a realidade brasileira - desconhecida no resto do mundo - dos descamisados, dos desassistidos, dos infortunados e dos que não tiveram a sorte de ser político para desfrutar as benesses públicas contrasta com o status opulento dos congressistas e de nossos governantes, que fingem combater a miséria nacional e não dão a devida atenção, por exemplo, ao problema educacional brasileiro.
A educação nacional, verdadeiramente, é tratada apenas sob o prisma da propaganda política: Universidades para Todos, Cotas Raciais, deixando-se de fortalecer a escola pública com ensino básico de alta qualidade, que nivele cidadãos em competência independente de estrato social ou de cor da pele.
Veja o autêntico retrato do Brasil, que se questiona. Recentemente, a televisão apresentou cena patética da forma como o poder público – políticos e governos – trata a questão educacional. Na zona rural de Brasília - nas barbas do governo federal, próximo ao Congresso Nacional, e não nas paragens longínquas do Amapá, Rondônia etc. – crianças para se deslocarem à escola têm que caminhar em estradas empoeiradas por cerca de cinco quilômetros até o ponto onde se encontra uma passarela de madeira, em péssima condição e intransitável a qualquer veículo, para poderem tomar o ônibus que as levará à escola, e isso se repete diariamente na volta das aulas.
Pois bem, uma das crianças, de seis ou sete anos, se manifestou de forma melancólica e disse: “A gente é criança e cansa muito andar na poeira para ir à escola”. Ora, isso punge o coração de qualquer cidadão, mas, certamente, não abala o empedernido político brasileiro. Então, aquela ponte toda deteriorada, de conhecimento das autoridades distritais, único acesso possível das crianças à escola, jaz sem conserto há muito tempo, sem que o poder público tivesse a gentileza e o respeito constitucional de mandar restaurar imediatamente aquela passarela. Não fosse a contestada mídia nacional denunciar a situação, a autoridade pública não teria imitido informação de que iria tomar as providências cabíveis. Assim, para que servem os políticos e administradores eleitos, que negligenciam assistência contínua aos cidadãos brasileiros responsáveis por suas eleições e não se preocupam com os problemas internos de suas regiões?
*Júlio César Cardoso Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Dói-me ver as injustiças sociais. Angustia-me continuar a assistir o descaso com que os agentes públicos (governos) e políticos tratam a sociedade mais carente no Brasil. Não se fortalece a infraestrutura básica social – Educação, Saúde, Segurança, Habitação, Desemprego etc. -, mas o governo e os políticos se preocupam muito com a macroeconomia, e se esquecem de fazer o dever de casa, onde cidadãos brasileiros ainda vivem de forma rudimentar em pleno século 21.
Realmente, a gente tem que duvidar da seriedade de nossos políticos e governos. Temos um inchado e inoperante Congresso Nacional, que não se preocupa com as mazelas sociais, ou seja, com o que está ocorrendo com a sociedade carente em todo o rincão brasileiro. Mas para fazer política mesquinha, estreita, de interesse pessoal ou de grupos que representam, os ditos ilustres parlamentares são muito hábeis.
Agora mesmo, estamos assistindo deputados e senadores eleitos, em pleno exercício de mandato, interromperem as suas obrigações parlamentares para disputar as eleições municipais, ou para ajudar as campanhas políticas de seus correligionários candidatos. É só com politicagem que eles se preocupam. Enquanto isso, a realidade brasileira - desconhecida no resto do mundo - dos descamisados, dos desassistidos, dos infortunados e dos que não tiveram a sorte de ser político para desfrutar as benesses públicas contrasta com o status opulento dos congressistas e de nossos governantes, que fingem combater a miséria nacional e não dão a devida atenção, por exemplo, ao problema educacional brasileiro.
A educação nacional, verdadeiramente, é tratada apenas sob o prisma da propaganda política: Universidades para Todos, Cotas Raciais, deixando-se de fortalecer a escola pública com ensino básico de alta qualidade, que nivele cidadãos em competência independente de estrato social ou de cor da pele.
Veja o autêntico retrato do Brasil, que se questiona. Recentemente, a televisão apresentou cena patética da forma como o poder público – políticos e governos – trata a questão educacional. Na zona rural de Brasília - nas barbas do governo federal, próximo ao Congresso Nacional, e não nas paragens longínquas do Amapá, Rondônia etc. – crianças para se deslocarem à escola têm que caminhar em estradas empoeiradas por cerca de cinco quilômetros até o ponto onde se encontra uma passarela de madeira, em péssima condição e intransitável a qualquer veículo, para poderem tomar o ônibus que as levará à escola, e isso se repete diariamente na volta das aulas.
Pois bem, uma das crianças, de seis ou sete anos, se manifestou de forma melancólica e disse: “A gente é criança e cansa muito andar na poeira para ir à escola”. Ora, isso punge o coração de qualquer cidadão, mas, certamente, não abala o empedernido político brasileiro. Então, aquela ponte toda deteriorada, de conhecimento das autoridades distritais, único acesso possível das crianças à escola, jaz sem conserto há muito tempo, sem que o poder público tivesse a gentileza e o respeito constitucional de mandar restaurar imediatamente aquela passarela. Não fosse a contestada mídia nacional denunciar a situação, a autoridade pública não teria imitido informação de que iria tomar as providências cabíveis. Assim, para que servem os políticos e administradores eleitos, que negligenciam assistência contínua aos cidadãos brasileiros responsáveis por suas eleições e não se preocupam com os problemas internos de suas regiões?
*Júlio César Cardoso Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |