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Imagem: iguatu.orgClique para ampliarIntegrantes da Polícia Federal paralisam suas atividades no dia de hoje(Imagem:iguatu.org)Polícia Federal
O Piauí acordou ontem com a notícia da prisão, pela Polícia Federal, de prefeitos e ex-gestores públicos acusados de corrupção, relacionada principalmente com o desvio de recursos da educação e da saúde. No total, 30 pessoas foram presas, contando-se sete prefeitos, dois ex-prefeitos, um advogado, servidores públicos, assessores, empresários e lobistas. A ação, desencadeada pela Polícia Federal, Justiça Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União, foi batizada de "Operação Geleira".

As autoridades envolvidas na operação informaram ontem que havia uma verdadeira organização criminosa atuando nos municípios do Piauí. As investigações foram iniciadas no final de 2008 e concluíram que houve o desvio de mais de R$ 20 milhões. Somente ontem, foram cumpridos 84 mandados de buscas e apreensões em 12 municípios do Estado.

No meio da tarde, a Associação Piauiense de Municípios - APPM - divulgou nota enfatizando que "As investigações desencadeadas em razão das auditorias em mais de 100 municípios do Piauí, pela Controladoria Geral da União, resultaram em inquérito policial, investigações estas que duraram mais de 2 anos e atingiram cerca de seis por cento do total dos municípios piauienses".

Diz a nota: "A APPM destaca que, embora seja uma Associação de Municípios, tratando do interesse das instituições municipais, prioriza a defesa dos princípios gerais de direitos humanos, como a presunção da inocência e o de ampla defesa, tendo como seu compromisso maior o interesse público e a probidade dos atos administrativos.

Conclui que é necessário que se reafirme o compromisso democrático de respeito a Lei e a Ordem Pública, que é, também, compromisso da APPM com o municipalismo na defesa das instituições.

É com sua história de avanço na qualidade da administração pública e sem abrir mão, em nenhum momento, do respeito aos direitos do homem e do cidadão que a APPM se manifesta em relação aos desdobramentos daquela operação policial".

Ora, o melhor que a APPM poderia fazer, neste momento, era pôr a viola no saco e aguardar o desfecho das investigações que resultaram nas prisões de prefeitos e ex-gestores. A entidade não pode confundir o seu papel de defender o municipalismo com o de defender a qualquer custo filiados seus metidos em bandalheira.

*Zózimo Tavares é editor chefe do Jornal Diário do Povo

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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