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Wellington Dias corre o risco de voltar para Caixa Econômica e Wilson Martins para o consultório méd


Uma campanha diferente

O andar da sucessão estadual sinaliza que para a disputa não se vislumbram ódio nem acirramento entre os contendores. E o fator que levou à configuração do quadro atual chega a ser até bizarro.

O senador João Vicente Claudino, se escolhido mesmo como candidato do blocão governista, vem demonstrar a total falta de estatura dos nomes do PT para o exercício do cargo. Nessa hipótese, ele só será o candidato da chamada “base” diante da ameaça representada pela candidatura oposicionista do prefeito Sílvio Mendes.

O prefeito poderá sair candidato a governador não só por galvanizar o sentimento de oposição, mas, acima de tudo, por ter um vice com um comportamento de extrema discrição, sensatez e espírito público. Com esse perfil, ele dificilmente colocará Teresina em risco de descalabro administrativo.

Para embaralhar ainda mais o cenário, o vice-prefeito Elmano Férrer, apesar da excelente convivência com os tucanos, é do PTB e, portanto, alinhado com João Vicente. Isto é: o seu lado é o outro e ele entra sem pedir para entrar, sem forçar a barra e sem querer enganar.
Já o PMDB continuará na sua costumeira posição de arroz, ou seja, não dá gosto à comida, mas aumenta o volume, servindo só para acompanhar. O PDT e o PC do B ficarão apenas com o lanche, contentando-se tão-somente com a sobrevivência, sem direito de sonhar com mais nada.

Ao PT caberá apenas a dor de uma saudade do tempo de fartura de benesses que não voltará mais, e da fartura abundante dos processos pós- poder.

Enquanto isso, o vice-governador Wilson Martins corre olimpicamente em raia própria, exercendo o seu direito de sonhar e de buscar os seus objetivos, ou seja, sentar por quatro anos na cadeira de governador.

Ao governador Wellington Dias cabe uma dura conversa com o travesseiro para avaliar se deixa Wilson assumir, para então se garantir como senador, ou se fica na cadeira para depois do pleito correr o risco de voltar para a Caixa da Caixa Econômica e ver Wilson retornando para o consultório.

*Zózimo Tavares é jornalista e editor chefe do Diário do Povo

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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