Os 118 anos de instalação do Tribunal de Justiça do Piauí lembram instantes de coragem, de sacrifício e de heroísmo espiritual. Aos 97 desembargadores que ao longo dos anos vêm compondo o Egrégio Colegiado se deve, mais do que tudo, a proteção do indivíduo e da sociedade contra os gestos despóticos de algumas autoridades que foram injustas, voluntária ou involuntariamente. Aqui está uma pequena parte da trajetória do Poder Judiciário que, por sua própria natureza, já é uma grande e rica fonte da história da magistratura do piauiense.
A 1º de outubro de 1891, no edifício onde funcionara o Liceu Piauiense e hoje está edificado o Luxor Hotel do Piauí, era instalado festivamente o Tribunal de Justiça. A 1° de outubro de 1926, data de seu 35º aniversário de instalação, o Tribunal de Justiça do Piauí passou a funcionar no antigo Palácio do Governo (reformado) onde atualmente está instalado o Museu do Piauí, na Praça Marechal Deodoro. O Colegiado ocupou aquele prédio até o início de 1975, quando se mudou definitivamente, a 13 de março, para a nova e imponente sede encravada no Centro Cívico, Praça Des. Edgar Nogueira, Bairro Cabral. Por ocasião de sua inauguração, a 13 de março de 1975, o ato solene contou com a presença do governador Alberto Tavares Silva e do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Otávio Fortes do Rego.
Em 1º de outubro de 1991, comemorou-se o centenário de instalação do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.
Todavia, a história do Tribunal de Justiça ou do Poder Judiciário do Estado, não se resume tão somente ao seu passado e ao enriquecimento que lhe proporcionaram e continuam a proporcionar, pelo legado de trabalho e honradez que nos deixaram seus magistrados, ou suas mais de 40 magistradas, com destaque, dentre estas, para as ilustres desembargadoras Eulália Maria Ribeiro Gonçalves, a primeira mulher a ser acessada à Alta Corte do Piauí e, atualmente, presidindo o Tribunal Regional Estadual e a desembargadora Rosimar Leite, hoje, à frente da Corregedoria Geral da Justiça, rompendo assim com os padrões elitistas e discriminatórios até então vigentes, que só admitiam em seus quadros da magistratura, candidatos do sexo masculino.
* Dinavan Fernandes Araújo é Fotógrafo Profissional, Jornalista (DRT-705-PI) e servidor do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí,
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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