Com a benevolência dos velhos políticos, de práticas tradicionalmente condenáveis, o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) não respeita os princípios primários de moralidade pública ao dar emprego, por nepotismo cruzado, ao neto do "imperador" do Maranhão, senador José Sarney (PMDB-AP). E o pior, logo depois que o mancebo foi demitido, em razão de decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu o nepotismo no poder público, a mãe dele foi contratada para substituição do filho, e pasmem, para a mesma função, no mesmo gabinete e recebendo o mesmo salário, em torno de R$ 8 mil, e tudo isso pago pelos cofres públicos com a arrecadação de contribuintes nacionais. Por isso, o Maranhão, no conceito de seriedade política dos Estados brasileiros, amarga posição subjacente e é alvo de adjetivos jocosos por possuir políticos solertes que só querem tirar vantagem das benesses públicas.
Essas ervas daninhas precisam ser exorcizadas do cenário político. É necessário que a sociedade estudantil e demais cidadãos de bem do Maranhão rompam, por exemplo, com essa tendenciosa política oligárquica da família Sarney e demais séquitos mambembes, e passem a votar em pessoas sérias e sem laivos de corrupção.
A estagnação do Maranhão é a prova mais cabal da contínua ação política de grupos oportunistas e aproveitadores, que não se preocupam com os problemas sociais de miséria em que vive a maior parcela de seus habitantes. Sua população carente, em pleno século 21, continua sendo tratada com o chicote repressor do período da senzala, recebendo apenas migalhas de benefícios sociais. É evidente que, no Maranhão, existem políticos impolutos e dignos, e a esses deveriam se somar aqueles que pretendem um dia ver a terra de Gonçalves Dias libertada e a salvo dos predadores políticos de hoje.
Os senadores Epitácio Cafeteira, José Sarney e outros são exemplos negativos de comportamentos públicos. Causa perplexidade ver o chefe do clã maranhense, em titubeante tergiversação, tentando explicar à patuleia brasileira que não sabia..., que não havia indicado o seu "esperto" neto, estudante João Fernando, para "trabalhar" no gabinete do senador Cafeteira. E nós, pobres mortais, temos que engolir tudo isso ouvindo as explicações obscuras do “maribondo de fogo”. Lamentavelmente, esse é o retrato três por quatro e desbotado da imagem de um político brasileiro.
Recentemente, envergonhado, o ex-presidente da Coreia do Sul, Roh Moo Myun, suicidou-se por ver o seu nome envolvido em irregularidade. Aqui, os políticos trapaceiam e quando são descobertos ainda acham que são vítimas de perseguições.
*Julio César Cardoso, bacharel em Direito e servidor federal aposentado
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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