A defensora Fernanda Morais, da Defensoria Pública do Estado da Bahia, postou no twitter ter sido vítima de constrangimento e de machismo no decorrer de uma sessão do Tribunal do Júri, no fórum de Feira de Santana/BA.
Relatou que o promotor pediu a ela que se acalmasse durante os debates em plenário, dizendo que "a primeira vez com um negão não dói".
A defensora atuava pela primeira vez em um caso com o promotor.
“Eis o que aconteceu: ao ser saudada pelo promotor de justiça, ele me pediu calma, “porque a primeira vez com um negão não dói”. Eu não vou admitir esse tipo de situação. Eu estava no exercício das minhas funções. Isso precisa acabar!”, diz a publicação.
- Foto: Divulgação/Twitter Postagem da defensora pública Fernanda Morais
Após o episódio inúmeras entidades saíram em apoio da defensora.
A OAB/BA e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, por meio da Comissão Nacional da Mulher Advogada, afirmaram que “a fala do promotor reflete o machismo institucional arraigado no meio jurídico, que tenta colocar a mulher e profissional em situação de inferioridade e constrangimento”:
Ontem, Fernanda Morais disse que nos últimos 3 dias, sua vida “virou de pernas pro ar”, e arrematou,” mas é reconfortante demais receber o apoio de TODO MUNDO. Me senti querida também, mas isso não é nada perto da esperança que eu senti, a de que o mundo seja um lugar mais bacana de viver, principalmente para as mulheres”.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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