Uma pesquisa sobre sexualidade feita pela Universidade americana de Notre Dame, revelou que as mulheres tendem a serem três vezes mais bissexuais do que os homens. Entre os homens, a maioria se define como sendo cem por cento heterossexual ou homossexual, enquanto que as mulheres encaram com mais naturalidade sua sexualidade.
Para a professora de sociologia Elizabeth McClintock, que participou da pesquisa, isso indica que a sexualidade feminina pode ser mais flexível e adaptável do que a dos homens.
Na pesquisa foram ouvidas 9.209 pessoas, sendo 5.018 mulheres e 4.191 homens, com idade entre os 16 a 18 anos.
Em um dos pontos mais polêmicos do estudo, os pesquisadores defendem que mulheres que não engravidam cedo, são fisicamente atraentes ou com alta escolaridade têm uma tendência menor a se envolverem com outras mulheres, por mais que sintam atração pelo mesmo sexo também.
As mulheres com algum grau de atração tanto por homens como por mulheres, podem nunca terem um relacionamento homossexual se elas tiverem opções favoráveis em relações heterossexuais. Se elas tiverem sucesso em relacionamentos com homens, elas podem nunca explorarem seus desejos por mulheres, analisa McClintock, que também aponta a faixa de 22 a 28 anos como a idade mais provável para mulheres mudarem sua identidade sexual.
Para a pesquisadora, as mulheres têm uma grande probabilidade de sentirem atração por homens e mulheres, o que lhes dá mais flexibilidade na escolha de parceiros. Ter essa flexibilidade pode fazer com que fatores como contexto e experiência de vida interfiram mais na hora de encarar a identidade sexual
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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