Nesta segunda-feira (2), a bancada de jornalistas do Roda Viva recebeu o senador e pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves. Entre os temas, o político mineiro respondeu perguntas sobre o atual cenário político no Brasil, gestão petista, além de rebater acusações de que seria usuário de cocaína.
No início do programa, Aécio se adiantou em dar uma resposta sobre o excesso de ministérios na Esplanada - um dos pontos mais atacados pela opinião pública no país -, questão também lembrada por Eduardo Campos, que esteve na última edição do programa. "Metade dos ministérios serão cortados. Além disso, vou apresentar uma nova secretaria extraordinária, que vai fazer uma nova reforma tributária".
Em resposta ao jornalista Fernando Barros e Silva, da revista Piauí, sobre acusações de que seria usuário de cocaína, Aécio disse que "esse tipo de rumor vem do submundo da internet", acrescentando que "não há nada a esconder".
Aécio NevesEmbalado pela pergunta de Barros e Silva, o debate seguiu para o tema de descriminalização das drogas. O pré-candidato do PSDB afirmou ser contrário à medida e atribuiu o problema à falta de políticas voltadas à segurança pública. "Não acho que o Brasil deva ser um laboratório. Precisamos de uma nova política para enfrentar o tráfico de drogas", completou.
Recentemente, Aécio foi criticado por defender uma flexibilização das leis trabalhistas. Perguntado sobre o assunto, o senador afirmou que "houve uma exploração de algo que não foi dito", acrescentando jamais ser a favor de "retirar direitos dos trabalhadores".
Sobre sua relação com o pré-candidato Eduardo Campos (PSB), ironizou: "Eu nunca participei do governo do PT."
O psdbista garantiu que não entende os que o chamam de conservador. "Não mudaria a minha estratégia em função de pesquisa de opinião. O conceito de conservador me traz muitas dúvidas, eu só quero continuar com o objetivo de iniciar um novo ciclo no Brasil", disse Aécio.
Um dos pontos defendidos pelo presidenciável, contrário às políticas petistas, é "acompanhar os incluídos no Bolsa Família e estimular os beneficiados a chegarem ao mercado de trabalho". "Bolsa Família é ponto de chegada pro PT; pro PSDB é só de partida", completou.
Participaram da bancada desta edição Fernando Rodrigues, colunista e repórter do jornal Folha de S. Paulo em Brasília; Fernando Barros e Silva, diretor de redação da revista Piauí; Ricardo Setti, colunista do site da revista Veja; Cida Damasco, editora-chefe do jornal O Estado de S. Paulo; e Fernando Mitre, jornalista da Rede Bandeirantes. O Roda Viva ainda conta com a participação do cartunista Paulo Caruso.
Fonte: TV Cultura
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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