Depois de autorizar R$ 1,5 milhão para filme sobre o mensaleiro José Dirceu, ministério da Cultura não autoriza captação para documentário sobre Covas.
Um filme sobre a trajetória do petista corrupto José Dirceu, preso na Papuda pelos seus crimes no Mensalão, foi autorizado a captar R$ 1,5 milhão pela Lei Rouanet. Para um filme sobre o governador e senador tucano Mário Covas, aquele que um dia José Dirceu mandou a militância petista espancar, Marta Suplicy, ministra da Cultura, negou R$ 580 mil. A matéria abaixo é da Folha.
O Ministério da Cultura vetou a captação de financiamento via Lei Rouanet para um documentário sobre o ex-governador paulista Mário Covas (1930-2001). No dia 17, o projeto para o filme "Covas, o Homem e o Estadista", de Thiago Carvalho, foi indeferido pela CNIC (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura), sob justificativa de não ter "caráter cultural". O diretor recorreu da decisão na semana passada.
Composta por vinte e um integrantes que representam artistas, Estado, empresários e sociedade civil, a comissão é o órgão do ministério responsável por recomendar ou não a aprovação de projetos que buscam dinheiro público. A petista Marta Suplicy é a atual ministra da Cultura. Procurado pela Folha, o ministério informou que o filme sobre a vida do político do PSDB foi barrado porque como "foi apresentado em ano eleitoral (...) não seria prudente dar prosseguimento a aprovação haja vista o caráter político-partidário do projeto".
Em 2006, que também foi ano eleitoral, o documentário "Brizola - Tempos de Luta", do diretor Tabajara Ruas, foi autorizado a recolher R$ 592 mil via Lei Rouanet, que é o principal mecanismo de fomento à cultura por meio de renúncia fiscal. "Primeiro eles dão um parecer, o de não ter caráter cultural. Agora, mudam e dizem que é por causa do ano eleitoral. É tudo descabido: no cronograma consta que a finalização será em 2015", diz Carvalho, que é dono de uma agência de comunicação e produtora de audiovisual.
Orçado em cerca de R$ 580 mil, esse seria o seu primeiro documentário. Segundo o projeto, o média-metragem contaria com material do acervo da Fundação Mário Covas, mantida pelo herdeiro do político, além de entrevistas. "Não sou filiado a nenhum partido. Meu interesse é meramente documental. Covas é uma grande figura histórica: foi preso político, participou da Constituinte, prefeito, governador."
BlogdoCoronel
Um filme sobre a trajetória do petista corrupto José Dirceu, preso na Papuda pelos seus crimes no Mensalão, foi autorizado a captar R$ 1,5 milhão pela Lei Rouanet. Para um filme sobre o governador e senador tucano Mário Covas, aquele que um dia José Dirceu mandou a militância petista espancar, Marta Suplicy, ministra da Cultura, negou R$ 580 mil. A matéria abaixo é da Folha.
Imagem: ReproduçãoJosé Dirceu
O Ministério da Cultura vetou a captação de financiamento via Lei Rouanet para um documentário sobre o ex-governador paulista Mário Covas (1930-2001). No dia 17, o projeto para o filme "Covas, o Homem e o Estadista", de Thiago Carvalho, foi indeferido pela CNIC (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura), sob justificativa de não ter "caráter cultural". O diretor recorreu da decisão na semana passada.
Composta por vinte e um integrantes que representam artistas, Estado, empresários e sociedade civil, a comissão é o órgão do ministério responsável por recomendar ou não a aprovação de projetos que buscam dinheiro público. A petista Marta Suplicy é a atual ministra da Cultura. Procurado pela Folha, o ministério informou que o filme sobre a vida do político do PSDB foi barrado porque como "foi apresentado em ano eleitoral (...) não seria prudente dar prosseguimento a aprovação haja vista o caráter político-partidário do projeto".
Imagem: ReproduçãoMario Covas
Em 2006, que também foi ano eleitoral, o documentário "Brizola - Tempos de Luta", do diretor Tabajara Ruas, foi autorizado a recolher R$ 592 mil via Lei Rouanet, que é o principal mecanismo de fomento à cultura por meio de renúncia fiscal. "Primeiro eles dão um parecer, o de não ter caráter cultural. Agora, mudam e dizem que é por causa do ano eleitoral. É tudo descabido: no cronograma consta que a finalização será em 2015", diz Carvalho, que é dono de uma agência de comunicação e produtora de audiovisual.
Orçado em cerca de R$ 580 mil, esse seria o seu primeiro documentário. Segundo o projeto, o média-metragem contaria com material do acervo da Fundação Mário Covas, mantida pelo herdeiro do político, além de entrevistas. "Não sou filiado a nenhum partido. Meu interesse é meramente documental. Covas é uma grande figura histórica: foi preso político, participou da Constituinte, prefeito, governador."
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*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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