André Uzêda da Folha de S. Paulo (30), volto em seguida:
Diante do provável voo solo do PSB na eleição presidencial de 2014, o PT aposta na Bahia e no Ceará para manter a vantagem no Nordeste na disputa pelo Planalto.
Com o governador Eduardo Campos (PSB-PE) no páreo, a ideia é reforçar a campanha da presidente Dilma Rousseff em solos baiano e cearense para suprir possíveis perdas nos Estados da região sob gestões do PSB (Pernambuco, Paraíba e Piauí).
"No Ceará queremos dar 2 milhões de votos de frente para Dilma. Dificilmente Campos ou outro candidato terá espaço aqui", diz o deputado José Guimarães (PT-CE).
Na Bahia, a meta do governador Jaques Wagner (PT) é repetir 2010, quando o Estado deu 2,7 milhões de votos de vantagem para Dilma --a maior do país.
No segundo turno de 2010, 48% dos 10,7 milhões de votos da vantagem de Dilma sobre José Serra (PSDB) na região vieram do Ceará e da Bahia. Pernambuco, Piauí e Paraíba responderam por 32%.
Entre as armas do PT para manter a hegemonia nordestina estão a força eleitoral do ex-presidente Lula e o estímulo a rivalidades regionais.
"Dilma terá ao seu lado um nordestino [Lula], que tem peso enorme na região", diz Wagner, que deve coordenar a campanha no Nordeste.
A concorrência histórica entre baianos e pernambucanos apareceu em declaração recente do candidato do PT à sucessão estadual, Rui Costa. Secretário de Wagner,ele disse que "os baianos não querem ser dirigidos pelo governo de Pernambuco", em referência a Campos.
A aposta no Ceará é na força do grupo do governador Cid Gomes (Pros), que deixou o PSB para apoiar Dilma. Para o cientista político Paulo Fábio Dantas, a "fratura" entre o grupo de Cid e Ciro Gomes e o de Campos tem maior potencial de dano ao PSB.
"Na Bahia vai ser mais difícil [aumentar a vantagem de Dilma] por falta de discurso convincente. O próprio Wagner tem adotado tom moderado [sobre o PSB]", afirmou.
A chapa do PSB na Bahia, com a senadora Lídice da Mata para o governo e a ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon ao Senado, preocupa o PT.
Outra meta petista é manter suas quatro cadeiras nordestinas no Senado.
"Queremos eleger no Ceará, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte", disse Guimarães, pré-candidato ao Senado em provável aliança com o grupo de Cid Gomes.
Voltei
Como se pode observar, o PT já admite que a situação em estados como Pernambuco, Piauí e Paraíba a reeleição da presidente Dilma não está garantida. Esses estados são governados por socialistas comandados pelo candidato à presidência da República, Eduardo Campos.
Não foi à toa que o petista Wellington Dias foi preterido, por correligionários do seu próprio partido, da coordenação de campanha da presidente Dilma no Nordeste.
Diante do provável voo solo do PSB na eleição presidencial de 2014, o PT aposta na Bahia e no Ceará para manter a vantagem no Nordeste na disputa pelo Planalto.
Com o governador Eduardo Campos (PSB-PE) no páreo, a ideia é reforçar a campanha da presidente Dilma Rousseff em solos baiano e cearense para suprir possíveis perdas nos Estados da região sob gestões do PSB (Pernambuco, Paraíba e Piauí).
"No Ceará queremos dar 2 milhões de votos de frente para Dilma. Dificilmente Campos ou outro candidato terá espaço aqui", diz o deputado José Guimarães (PT-CE).
Na Bahia, a meta do governador Jaques Wagner (PT) é repetir 2010, quando o Estado deu 2,7 milhões de votos de vantagem para Dilma --a maior do país.
No segundo turno de 2010, 48% dos 10,7 milhões de votos da vantagem de Dilma sobre José Serra (PSDB) na região vieram do Ceará e da Bahia. Pernambuco, Piauí e Paraíba responderam por 32%.
Entre as armas do PT para manter a hegemonia nordestina estão a força eleitoral do ex-presidente Lula e o estímulo a rivalidades regionais.
"Dilma terá ao seu lado um nordestino [Lula], que tem peso enorme na região", diz Wagner, que deve coordenar a campanha no Nordeste.
A concorrência histórica entre baianos e pernambucanos apareceu em declaração recente do candidato do PT à sucessão estadual, Rui Costa. Secretário de Wagner,ele disse que "os baianos não querem ser dirigidos pelo governo de Pernambuco", em referência a Campos.
A aposta no Ceará é na força do grupo do governador Cid Gomes (Pros), que deixou o PSB para apoiar Dilma. Para o cientista político Paulo Fábio Dantas, a "fratura" entre o grupo de Cid e Ciro Gomes e o de Campos tem maior potencial de dano ao PSB.
"Na Bahia vai ser mais difícil [aumentar a vantagem de Dilma] por falta de discurso convincente. O próprio Wagner tem adotado tom moderado [sobre o PSB]", afirmou.
A chapa do PSB na Bahia, com a senadora Lídice da Mata para o governo e a ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon ao Senado, preocupa o PT.
Outra meta petista é manter suas quatro cadeiras nordestinas no Senado.
"Queremos eleger no Ceará, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte", disse Guimarães, pré-candidato ao Senado em provável aliança com o grupo de Cid Gomes.
Voltei
Como se pode observar, o PT já admite que a situação em estados como Pernambuco, Piauí e Paraíba a reeleição da presidente Dilma não está garantida. Esses estados são governados por socialistas comandados pelo candidato à presidência da República, Eduardo Campos.
Não foi à toa que o petista Wellington Dias foi preterido, por correligionários do seu próprio partido, da coordenação de campanha da presidente Dilma no Nordeste.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |