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Colunista Herbert Sousa (in memory)
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Wilson Martins quer PF investigando incêndio na secretaria de Saúde, mas não solicitou para o caso F


" A Secretaria de Saúde do Estado trabalha com muitos recursos federais". Foi esta a explicação que o governador Wilson Martins deu aos jornalistas para ter solicitado, imediatamente, a participação da Polícia Federal nas investigações que vão determinar as causas do incêndio que destruiu, a partir das 19 horas de ontem, as instalações desta secretaria, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Controladoria do Estado, no centro administrativo, localizado na zona sul de Teresina.

Apesar da explicação a inclusão da Polícia Federal nas investigações sugere, também, que Wilson Martins não acredita muito no desempenho da sua Polícia Civil e da sua Perícia Criminal, altamente desgastadas ao longo dos últimos 60 dias em função de comentários de que sofre influência de algo ou alguém que não lhes permite fornecer um trabalho capaz de convencer a população sobre o que aconteceu realmenter com a estudante Fernanda Lages Veras no dia 25 de agosto no prédio do Ministério Público Federal.

Com o pedido de participação da Polícia Federal na investigação das causas do sinistro que destruiu literalmente " a história da Secretaria de Saúde", o governador também fez a população de Teresina lamentar que não lhe tenha passado pela cabeça, logo depois da morte de Fernanda Lages Veras, solicitar a interferência da mesma PF para esclarecer a morte da estudante.Talvez hoje a imagem de sua administração fosse mais positiva.

Com a solicitação da PF na investigação do incêndio, Wilson Martins também sugere que pode estar pedindo desculpas à população por não perceber que a investigação sobre a morte de Fernanda  poderia sofrer algum tipo de influência que lhe escapasse ao controle, como parece ter escapado, a  se julgar por comentários quer têm sido feitos com pedidos de reserva até por assessores karnaquianos.

Fica a lição de que uma instituição eminentemente técnica como a Polícia Civil não pode ser comandada por políticos e nem sofrer a influência destes sob pena de levar toda uma administração ao desgaste irreparável mesmo que o comandante desta não tenha participado ou dado sinal de qualquer ingerência.

A história ensina que quando os ministros são excelentes, a imagem do Rei é excelente: quando os ministros agem em proveito próprio e utilizam as instituições em beneficio pessoal e as utilizam para reforçar seus redutos: é a imagem do Rei que se desgasta, e não a do ministro.

Nesse caso, resta saber quem de fato é o ministro.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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