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Colunista Feitosa Costa
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Nota de promotora revela que fornecedor da Convap ficou três dias ferido no cárcere antes de morrer


A nota de esclarecimento da promotora Gianny Vieira de Carvalho sobre as providências que afirma ter tomado em meio ao triste episódio que resultou na morte do fornecedor de cana de açúcar (e gerente da Convap), José Bezerra de Meneses, o Zé do Bilau, após três dias encarcerado na delegacia de União mesmo apresentando graves lesões provocadas por espancamento sofrido, além de levantar mais dúvidas sobre a atitude das autoridades do município, revela uma espécie de solidariedade entre promotor, juiz e delegado de polícia. Mostra também que as providências alegadas só ocorreram três dias após a agressão sofrida.

O triste episódio ocorreu no dia 6 de julho, quando, em meio a espancamento que sofria por parte de várias pessoas, Zé do Bilau, baleou o empresário Romildo, que morreria horas depois de ser transportado para Teresina, num hospital particular. Ao mesmo tempo, o fornecedor era levado para a delegacia de Policia, ensanguentado e cheio de hematomas,

Na nota da promotora é esclarecido que ela "no dia 9 de julho apresentou pedido de providências em favor de José Bezerra de Meneses", portanto, três dias depois do conflito entre ele, o empresário e os seus amigos num campo de cana de açúcar. É justamente ai onde reside a dúvida quanto a providências céleres de promotor, juiz e delegado, já que o advogado Marcus Vinicius Brito afirma ter informado às autoridades a sua preocupação quanto à permanência de Bilau no cárcere da delegacia dias antes da transferência.

Pelo quadro visível de graves ferimentos do fornecedor não se justifica que só três dias depois as autoridades tenham chegado à conclusão de que ele deveria ser transferido para Teresina. Em vez disso optou-se por determinar levá-lo à presença de médicos do Hospital de União, onde a própria promotora reconhece na nota que não existem condições para tratamento especializado.

Na realidade, esse foi um acontecimento muito grave cuja prioridade deveria ser determinar o verdadeiro motivo pelo qual o fornecedor não foi transferido a tempo para Teresina e não a divulgação de notas corporativas.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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