A juíza de União Elfrida Costa Belezza, a promotora Gianny Vieira de Carvalho e o delegado de Polícia da cidade, Júlio Cesar, serão acusados formalmente de omissão de socorro na morte do fornecedor de cana da Convap, Francisco Bezerra de Meneses, o Zé do Bilau, que morreu em conseqüência de espancamento sofrido durante uma briga e após ter passado três dias numa cela da Delegacia do município, mesmo passando mal e sangrando a toda hora.
A acusação será feita formalmente pelo advogado Marcus Vinicius Brito, contratado pela família da vítima, segundo revelação que fez no inicio da noite de ontem a este repórter, acrescentando que está concluindo a peça que apresentará através da qual vai exigir também que um delegado especial seja designado para apurar o comportamento das três autoridades de União, município a 58 quilômetros de Teresina.
O caso
Tudo aconteceu no dia 6 de julho, num campo de produção de cana de açúcar destinada a venda para a Convap, administrada hoje por um grupo de Pernambuco para o qual Zé do Bilau trabalhava e onde tinha trânsito livre e muita proximidade com a direção da empresa.
De acordo com os primeiros levantamentos, Zé do Bilau fazia uma vistoria no campo, quando encontrou animais comendo parte da cana. Os animais seriam de propriedade de um empresário conhecido como Romildo. No local, além de Romildo, estavam parentes e amigos deste, um policial civil e seu filho, segundo depoimento do advogado Marcus Vinicius.
O advogado explicou ainda que houve uma investida violenta contra Bilau depois que ele reclamou por que os animais estavam comendo a cana. "Ele foi arrancado de dentro de seu carro e espancado violentamente por várias pessoas, entre elas um homem conhecido como Xavier, um policia civil de nome Evaristo, o filho deste, outro conhecido como Marcos e mais um identificado como Fransquim".
Segundo Marcos Vinicius Brito, em meio ao espancamento, Bilau foi obrigado a sacar de uma arma, atirando "para não morrer". O tiro acertou o empresário Romildo, que foi trazido imediatamente para Teresina e morreu no Prontomed. O advogado disse que a mesma prestação de socorro deveria ter sido feita em beneficio do fornecedor, "mas ele foi levado como um bicho para a delegacia de policia".
O advogado fez questão de dizer que advertiu a juiza do municipío com relação ao risco de morte que corria o fornecedor, a promotora e o delegado, mas nenhum dos três tomou qualquer providencia para transferi-lo para Teresina, "pelo contrário, deixaram o rapaz sangrar dentro de uma cela".
No caso da promotora Gianny ele foi mais alem: "eu cheguei a levá-la até a delegacia, ela viu o estado em que o rapaz se encontrava e nada determinou".
Na medida em que o tempo passava, denuncia Vinicius, o estado de saúde do fornecedor piorava.Só depois que ficou claro que o homem estava perto de morrer, o delegado resolveu mandá-lo para o IML, onde faria exame de corpo de delito, mas quando um legista viu o seu estado disse que o certo seria levá-lo imediatamente para o Hospital.
O fornecedor de cana morreu no dia 9, no inicio da noite, no Hospital de Urgência de Teresina, não resistindo à gravidade dos ferimentos provocados pelos sôcos, pontapés e possivelmente pauladas que havia sofrido.
Era gerente sim
O advogado Marcus Vinicius também condenou a pressa da direção da Convap em divulgar uma nota dizendo que Bilau não era gerente da empresa, num momento tão doloroso em que poderia, sim, ter reclamado o esclarecimento imediato das circunstancias em que tudo acontecera.
Segundo Marcus Vinicius Brito, Bilau era sim um dos gerentes da Convap.
A acusação será feita formalmente pelo advogado Marcus Vinicius Brito, contratado pela família da vítima, segundo revelação que fez no inicio da noite de ontem a este repórter, acrescentando que está concluindo a peça que apresentará através da qual vai exigir também que um delegado especial seja designado para apurar o comportamento das três autoridades de União, município a 58 quilômetros de Teresina.
O caso
Tudo aconteceu no dia 6 de julho, num campo de produção de cana de açúcar destinada a venda para a Convap, administrada hoje por um grupo de Pernambuco para o qual Zé do Bilau trabalhava e onde tinha trânsito livre e muita proximidade com a direção da empresa.
De acordo com os primeiros levantamentos, Zé do Bilau fazia uma vistoria no campo, quando encontrou animais comendo parte da cana. Os animais seriam de propriedade de um empresário conhecido como Romildo. No local, além de Romildo, estavam parentes e amigos deste, um policial civil e seu filho, segundo depoimento do advogado Marcus Vinicius.
O advogado explicou ainda que houve uma investida violenta contra Bilau depois que ele reclamou por que os animais estavam comendo a cana. "Ele foi arrancado de dentro de seu carro e espancado violentamente por várias pessoas, entre elas um homem conhecido como Xavier, um policia civil de nome Evaristo, o filho deste, outro conhecido como Marcos e mais um identificado como Fransquim".
Segundo Marcos Vinicius Brito, em meio ao espancamento, Bilau foi obrigado a sacar de uma arma, atirando "para não morrer". O tiro acertou o empresário Romildo, que foi trazido imediatamente para Teresina e morreu no Prontomed. O advogado disse que a mesma prestação de socorro deveria ter sido feita em beneficio do fornecedor, "mas ele foi levado como um bicho para a delegacia de policia".
O advogado fez questão de dizer que advertiu a juiza do municipío com relação ao risco de morte que corria o fornecedor, a promotora e o delegado, mas nenhum dos três tomou qualquer providencia para transferi-lo para Teresina, "pelo contrário, deixaram o rapaz sangrar dentro de uma cela".
No caso da promotora Gianny ele foi mais alem: "eu cheguei a levá-la até a delegacia, ela viu o estado em que o rapaz se encontrava e nada determinou".
Na medida em que o tempo passava, denuncia Vinicius, o estado de saúde do fornecedor piorava.Só depois que ficou claro que o homem estava perto de morrer, o delegado resolveu mandá-lo para o IML, onde faria exame de corpo de delito, mas quando um legista viu o seu estado disse que o certo seria levá-lo imediatamente para o Hospital.
O fornecedor de cana morreu no dia 9, no inicio da noite, no Hospital de Urgência de Teresina, não resistindo à gravidade dos ferimentos provocados pelos sôcos, pontapés e possivelmente pauladas que havia sofrido.
Era gerente sim
O advogado Marcus Vinicius também condenou a pressa da direção da Convap em divulgar uma nota dizendo que Bilau não era gerente da empresa, num momento tão doloroso em que poderia, sim, ter reclamado o esclarecimento imediato das circunstancias em que tudo acontecera.
Segundo Marcus Vinicius Brito, Bilau era sim um dos gerentes da Convap.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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