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Colunista Feitosa Costa
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Debate mostra que Piauí terá campanha de denúncias e não de "compadres"


Promovido pela TV Meio Norte nas primeiras horas da tarde de ontem, quarta-feira (16), o debate entre quatro candidatos a governador mostrou que, como este blog antecipou ainda em janeiro, este ano o Piauí não terá uma "campanha de compadres" como é do gosto daqueles que não querem que a população tome conhecimento de eventuais travessuras cometidas por quem pretende conduzir os destinos de um dos estados mais sofridos e sugados do país.

Agressivos no bom sentido, os candidatos não esconderam a vontade de apontar os defeitos dos adversários. O debate deixou claro também que a postura de alguns pode mudar para melhor, como foi o caso do ex-senador Mão Santa, muito mais claro e objetivo do que em oportunidades anteriores em que jogou fora tempo precioso com arrodeios e reflexões repetitivas.
Imagem: Francyelle Elias/GP1Zé Filho(Imagem:Francyelle Elias/GP1)Zé Filho
O ex-governador estava tranqüilo, procurou passar a impressão de que sua experiência e conhecimento dos problemas do Estado eram maiores do que os três interlocutores.

Verdades ou inverdades ditas à parte, esboçou-se um quadro interessante que pode motivar a população a ficar mais atenta ao passado e ao presente de seus candidatos a governador.

É evidente que propostas precisam ser discutidas mas não é só isso. Se fosse assim, bastava um candidato contratar os melhores técnicos das áreas mais delicadas e encomendar um projeto de Governo e todos estariam eleitos e o povo satisfeito.
Imagem: Danilo Rodrigues/GP1Wellington Dias(Imagem:Danilo Rodrigues/GP1)Wellington Dias
É preciso que a população tome conhecimento do histórico de cada qual; se experiências passadas o credenciam para ter credibilidade de que poderá fazer aquilo que promete no presente. De que adianta ter excelentes propostas hoje e um passado de promessas não cumpridas?

Olhando por esse ângulo os mais expostos são Mão Santa e Wellington, que governaram o Piauí por duas vezes cada um.
Imagem: DivulgaçãoCandidato Mão Santa(Imagem:Divulgação)Candidato Mão Santa
No campo político, por exemplo, os dois tiveram excelentes oportunidades de reiniciar a história do Piauí, pois foram eleitos em circunstâncias que os deixaram completamente à vontade para montar um governo técnico, de reconstrução, sem a participação das estruturas tradicionais, mais interessadas em aumentar o poder familiar do que no avanço da maioria da população.

Esse poderia ter sido um aspecto abordado pelo candidato Maklandel Aquino, do PSOL, sem dúvida o mais credenciado para levantar discussão desse nível. Talvez o faça no próximo debate ao perceber que essa linha é muito mais importante do que ficar falando na "construção do socialismo" a todo momento.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Candidato Maklandel Aquino(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Candidato Maklandel Aquino
É por isso que concluo que essa conversa fiada de "campanha de propostas" só interessa mesmo a quem quer mascarar alguma coisa. Campanha que de fato interessa ao povo é aquela em que se prova, sem exageros nem desrespeito às pessoas, que o adversário não tem credencial para fazer o que está prometendo.

Baixaria é uma coisa....mostrar o que o concorrente fez de errado, é outra!

Aqui não se defende denúncias infundadas, mas aquelas concretas, verdadeiras, que podem ser provadas e permitam que a população reflita se vale a pena correr riscos simplesmente por que simpatiza com determinado pretendente. Não se trata de um jogo entre Flamengo e Vasco, onde a paixão faz com que se chame de craque um "perna de pau".

É uma eleição que mexerá na vida dos cidadãos.

O eleitor precisa ter responsabilidade e procurar um julgamento correto do potencial e verdadeiro propósito de cada candidato.


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*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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