Piauí é Estado estratégico para os candidatos à presidente Aécio e Eduardo

Os principais candidatos da oposição à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) consideram o Piauí como o Estado mais estratégico da região para fazer "arrancar" suas campanhas a partir do próximo mês de junho, segundo confidência de um dos integrantes da equipe do ex-governador de Pernambuco, o que esteve aqui mais recentemente.
Na avaliação da equipe de Eduardo Campos, por exemplo, uma visita ao Piauí repercute imediatamente nos estados do Maranhão, Pernambuco e do Ceará. Na última vez em que esteve aqui, Eduardo Campos foi recebido no aeroporto de Teresina pelo ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, que é candidato a deputado federal pelo PSB, pelo prefeito de Santa Inez, um dos mais importantes municípios do Estado, e por Luciano Leitoa, de Timon, o quarto maior, e pelo vice-prefeito de São Luis, Roberto Rocha, que é pré-candidato ao Senado da República.

A situação geográfica do Piauí, na análise dos estrategistas da oposição, é altamente favorável.

Vizinho do Maranhão, do Ceará e de Pernambuco seria um "tambor de ressonância" para a região onde, na eleição passada, a presidente Dilma teve esmagadora maioria.
Na semana passada Aécio Neves em São Luis, a capital do Maranhão, para apadrinhar um acordo pelo qual o PSDB dará o candidato a vice na chapa de Flávio Dino, pré-candidato a governador do Estado que lidera com folga a disputa. O desempenho de Dino já provocou a mudança do candidato do esquema Sarney, que era o ex-secretário de Infraestrutura Luis Fernando e agora passou a ser Lobão Filho, filho do ministro das Minas e Energia, Lobão Filho.

No Maranhão ocorre uma situação esquisita: toda a esquerda apoia o candidato da oposição, que é do PC do B, menos o PT, que já declarou apoio a Lobão Filho depois de uma conversa de Lula com o ex-presidente José Sarney.