Um consciente funcionário de uma agência da Caixa Econômica me contou que há cerca de três anos ficou impressionado com a complacência de cerca de oito pessoas, que esperavam chegar a seu guichê, diante do comportamento de um homem bem vestido, de cerca de 40 anos, que simplesmente "furou" a fila e foi até ele para fazer o pagamento de uma prestação de carnê. Ninguém disse absolutamente nada, não se ouviu uma única voz de protesto a não ser a sua própria que alegou a obrigação de atender pela ordem de chegada.
Pois bem: o Poti, um presente da natureza, agoniza no coração da cidade e ninguém diz absolutamente nada. Algum ou outro ambientalista mais comprometido solta a voz, mas não consegue eco entre os representantes da população. O próprio povo parece estar acostumado com aquele tapete de aguapés que tanto mal causa ao rio.
Fustigados apenas pela imprensa, os órgãos responsáveis, pelo menos legalmente, pela preservação do ambiente, tais como Ibama, Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Secretaria Municipal, têm um desempenho pífio e ridículo. De quando em vez alguns sujeitos estereotipados de um desses órgãos aproveitam holofotes para dizer algumas coisas sem pé nem cabeça e depois se calam por absoluta falta de poder de decisão, deixando a poeira assentar até a próxima investida dos jornalistas.
É triste: nem mesmo as tais ongs fazem o discurso sério que as pessoas preocupadas com a agonia do rio querem ouvir. Falam para uma plateia que conhecem muito bem sempre de olho na permanência nos cargos que receberam dos seus apadrinhados e se recolhem à falta de mérito profissional. Aqui e acolá, com seus sorrisos característicos dos bajuladores, ensaiam algum conhecimento do problema mas com o servilismo dos que defendem o emprego antes da causa que deveriam abraçar.
Compromisso com as gerações futuras? Para quê? Afinal de contas é muito mais seguro discursar até o nível que os chefes suportam. Preservar os empregos ou assessorar empresas que degradam o meio ambiente há muito tempo para ser a opção dos outrora radicais "ambientalistas".
E o que dizer da Universidade Federal do Piauí? Que tipo de discussão está levantando a respeito do assunto? Algum dia aquele auditório foi utilizado pelo menos para que alguém dissesse que o rio Poti não pode ser tão visivelmente agredido?
E a Universidade Estadual, com suas eleições partidarizadas e reitores emudecidos sobre o problema, que contribuição já deu ou vai dar para que as crianças de hoje tenham o direito de chegar à idade adulta dizendo que pelo meio da sua cidade passa um rio que nasce no Ceará?
Por fim, pergunta-se: e o Ministério Público, o que já fez?
Pois bem: o Poti, um presente da natureza, agoniza no coração da cidade e ninguém diz absolutamente nada. Algum ou outro ambientalista mais comprometido solta a voz, mas não consegue eco entre os representantes da população. O próprio povo parece estar acostumado com aquele tapete de aguapés que tanto mal causa ao rio.
Imagem: ReproduçãoRio Poti
É o retrato mais cruel da indiferença e da falta de compromisso. A vereadora Teresa Brito, que controla o partido verde, faz de conta que não é com ela e vai na contramão do programa da própria agremiação ao evitar o assunto. Fala muito bem sobre eleições e trabalha com afinco uma candidatura de deputada estadual. De meio ambiente que é bom, não quer falar nada ou talvez não saiba por que aquele patrimônio natural é tão importante para o futuro da cidade cuja população ela diz representar há vários mandatos.Fustigados apenas pela imprensa, os órgãos responsáveis, pelo menos legalmente, pela preservação do ambiente, tais como Ibama, Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Secretaria Municipal, têm um desempenho pífio e ridículo. De quando em vez alguns sujeitos estereotipados de um desses órgãos aproveitam holofotes para dizer algumas coisas sem pé nem cabeça e depois se calam por absoluta falta de poder de decisão, deixando a poeira assentar até a próxima investida dos jornalistas.
É triste: nem mesmo as tais ongs fazem o discurso sério que as pessoas preocupadas com a agonia do rio querem ouvir. Falam para uma plateia que conhecem muito bem sempre de olho na permanência nos cargos que receberam dos seus apadrinhados e se recolhem à falta de mérito profissional. Aqui e acolá, com seus sorrisos característicos dos bajuladores, ensaiam algum conhecimento do problema mas com o servilismo dos que defendem o emprego antes da causa que deveriam abraçar.
Compromisso com as gerações futuras? Para quê? Afinal de contas é muito mais seguro discursar até o nível que os chefes suportam. Preservar os empregos ou assessorar empresas que degradam o meio ambiente há muito tempo para ser a opção dos outrora radicais "ambientalistas".
E o que dizer da Universidade Federal do Piauí? Que tipo de discussão está levantando a respeito do assunto? Algum dia aquele auditório foi utilizado pelo menos para que alguém dissesse que o rio Poti não pode ser tão visivelmente agredido?
E a Universidade Estadual, com suas eleições partidarizadas e reitores emudecidos sobre o problema, que contribuição já deu ou vai dar para que as crianças de hoje tenham o direito de chegar à idade adulta dizendo que pelo meio da sua cidade passa um rio que nasce no Ceará?
Por fim, pergunta-se: e o Ministério Público, o que já fez?
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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