Em meio a boatos antecipados de que o resultado a favor do réu seria de 2 a 1, a 1ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, deixou de fora da pauta, na manhã de ontem, terça-feira (13), o julgamento do pedido de "habeas corpus" impetrado pela defesa do vice-prefeito de São Julião, José Francimar Pereira, que se encontra preso há alguns meses sob a acusação de ter mandado matar o ex-vereador Emídio Reis, cujo corpo foi encontrado no dia 5 de fevereiro, parcialmente enterrado, depois de quase cinco dias desaparecido.
Presidida anteriormente pelo desemargador Francisco Antônio Alencar, a 1ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça tem como presidente hoje o desembargador Pedro Macedo. Os dois outros integrantes são os desembargadores Ilo de Almeida Sousa e José Francisco do Nascimento. O relator do processo é o próprio presidente, segundo informação de fonte do judiciário.
Uma nota publicada no dia anterior em portal da cidade dizia que um desembargador votaria contra a soltura de Francimar Pereira e dois outros a favor. Um resultado de dois a um colocaria o propalado mandante do crime, um dos mais violentos e covardes dos últimos anos, em liberdade.
No seu parecer desfavorável ao "habeas-corpus" o procurador Aristides Pinheiro alega que em liberdade o acusado poderia prejudicar o curso do processo porque há registros de que, mesmo preso, fez tentativas de intervir nas investigações, ameaçando pessoas através de telefonemas de dentro da cadeia. O procurador relaciona uma queixa registrada pelo presidente da Câmara de São Julião, Francisco de Assis, de que estaria sob ameaça do vice-prefeito.
Investigações
As investigações em torno da morte de Emídio Reis foram realizadas pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado, que tem como chefe o delegado Menandro Pedro da Luz. Cinco pessoas foram presas sob a acusação de terem participado do crime, entre elas "Joaquim do Gabriel", cujo depoimento foi fundamental para o esclarecimento da trama.
Na ação, assumida pelo seu partido, o PMDB, José Neci e Francimar Pereira são acusados de compra de voto. Advogados que tiveram acesso ao processo comentam que as chances de cassação de Pereira e Neci são muito grandes.
No final da sessão de ontem da 1ª Câmara, procurei o desembargador Pedro, presidente, e perguntei como ele analisava a nota de que haveria "uma engenharia" para colocar Francimar Pereira em Liberdade. O desembargador deu a seguinte resposta: "Atendo a minha consciência, a Constituição e a Deus".
Imagem: Folha AtualFrancimar Pereira, vice-prefeito de São Julião
Impetrado pelos advogados Joaquim Cipriano e Fernando Lima, o "habeas corpus" em favor de José Francimar Pereira, já tem o parecer desfavorável do Ministério Público, através do procurador Aristides Silva Pinheiro, e estava previsto para ser julgado na manhã de ontem. Na segunda-feira, porém, começaram os boatos, e até notas na imprensa, de que estava tudo preparado para o acusado ser solto.Presidida anteriormente pelo desemargador Francisco Antônio Alencar, a 1ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça tem como presidente hoje o desembargador Pedro Macedo. Os dois outros integrantes são os desembargadores Ilo de Almeida Sousa e José Francisco do Nascimento. O relator do processo é o próprio presidente, segundo informação de fonte do judiciário.
Uma nota publicada no dia anterior em portal da cidade dizia que um desembargador votaria contra a soltura de Francimar Pereira e dois outros a favor. Um resultado de dois a um colocaria o propalado mandante do crime, um dos mais violentos e covardes dos últimos anos, em liberdade.
No seu parecer desfavorável ao "habeas-corpus" o procurador Aristides Pinheiro alega que em liberdade o acusado poderia prejudicar o curso do processo porque há registros de que, mesmo preso, fez tentativas de intervir nas investigações, ameaçando pessoas através de telefonemas de dentro da cadeia. O procurador relaciona uma queixa registrada pelo presidente da Câmara de São Julião, Francisco de Assis, de que estaria sob ameaça do vice-prefeito.
Investigações
As investigações em torno da morte de Emídio Reis foram realizadas pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado, que tem como chefe o delegado Menandro Pedro da Luz. Cinco pessoas foram presas sob a acusação de terem participado do crime, entre elas "Joaquim do Gabriel", cujo depoimento foi fundamental para o esclarecimento da trama.
Imagem: ReproduçãoEx-vereador Emídio Reis foi assassinado
De acordo com os levantamentos do Greco, Emídio Reis foi assassinado porque entrara com uma ação altamente fundamentada pedindo a cassação do prefeito de São Julião, José Neci (PT) e do vice, José Francimar Pereira. O vereador tinha sido candidato a prefeito e mesmo sem recursos financeiros obtivera uma votação altamente expressiva, perdendo a eleição por pouco votos.Na ação, assumida pelo seu partido, o PMDB, José Neci e Francimar Pereira são acusados de compra de voto. Advogados que tiveram acesso ao processo comentam que as chances de cassação de Pereira e Neci são muito grandes.
No final da sessão de ontem da 1ª Câmara, procurei o desembargador Pedro, presidente, e perguntei como ele analisava a nota de que haveria "uma engenharia" para colocar Francimar Pereira em Liberdade. O desembargador deu a seguinte resposta: "Atendo a minha consciência, a Constituição e a Deus".
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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