Imagem: Manuela Coelho/GP1Promotor Eliardo Cabral.
O promotor Eliardo Cabral afirmou, no inicio da manhã desta segunda-feira, 4, que no bojo do inquérito sobre a morte da estudante Fernanda Lages Veras, existem provas indiciárias que permitirão ao Ministério Público denunciar "um ou dois culpados" pelo que chamou claramente de "homicídio cruel e covarde".Cabral rompeu um silêncio de mais de dois meses e garantiu que o caso da morte de Fernanda não está encerrado. Ele aguarda para dentro das próximas horas a chegada do colega Ubiraci Rocha, que se encontra em viagem de lua de mel, para, juntos, elaborarem um questionário que pretendem encaminhar à Polícia Civil, visando à obtenção de algumas respostas que consideram que a Polícia Federal não deu ao longo das investigações que realizou sob o comando do delegado José Edilson Freitas, que veio de São Paulo especialmente para comandar o trabalho.
Imagem: ReproduçãoFernanda Lages
Quem estava com Fernanda?
Eliardo Cabral lembrou que a Polícia Federal se convenceu através de provas científicas de que Fernanda estivera com Nairinha e mais um rapaz de cabelos tipo militar, na porta do prédio da Procuradoria Geral da República, cerca de 3 horas da manhã, portanto mais de duas horas antes de ser encontrada morta, mas não ficou claro o que ela foi fazer no local e nem a sua companhia masculina foi identificada. Ele disse que a identificação desse rapaz é altamente importante para o esclarecimento do que ele considera homicídio.
Perguntei ao promotor por que ele insistia na tese de homicídio já que a Polícia concluiu que Fernanda morreu em consequência de suicídio ou, numa hipótese muito remota, de um acidente, ao que ele respondeu:
-Eu e mais três milhões de pessoas, que é a população do Piauí, acreditamos que ela foi assassinada.
O promotor também está interessado em novas investigações em torno dos álibis apresentados pelo comerciário Pablo Leão Vital, o namorado que estava rompido com Fernanda, mas era procurado por ela, segundo investigações. No relatório da Polícia Federal consta que um vigilante da área em que o rapaz mora disse que não o viu quando ele chegou a casa na noite do dia 24 de agosto de 2011, véspera da morte, além de outras declarações que deu à Polícia que não foram confirmadas.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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