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Polícia Civil investiga se pistoleiro que matou o ex-vereador Emídio Reis foi pago com dinheiro públ


Imagem: ReproduçãoClique para ampliarEx-vereador Emídio Reis(Imagem:Reprodução)Ex-vereador Emídio Reis
Fonte altamente qualificada da Polícia Civil informou nas últimas horas que foram encontrados mais indícios da participação do prefeito de São Julião, José Francisco de Sousa, o Zé Neci, na trama para assassinar o vereador Emídio Reis da Rocha, de 51 anos, no dia 31 de janeiro, no lugar Lajeiro Preto, cerca de 40 quilômetros da cidade de Picos, quando ele voltava para casa depois de resolver assuntos de natureza pessoal. A Polícia já identificou a titularidade das contas de onde saiu o dinheiro para pagar os assassinos e investiga para saber se dinheiro público foi utilizado.

Os delegados que comandam a investigação descobriram ainda que Emídio Reis, um vereador que tinha grande penetração popular não só em São Julião, sua terra, como em toda região, horas antes de ser assassinado esteve numa gráfica no município de Picos, provavelmente para encomendar material que esclareceria a população sobre a ação que movia contra seus adversários por abuso de poder no último pleito eleitoral.

Os cheques


Um dos delegados trabalhou nas últimas horas junto à agência do Banco Itaú, na cidade de Picos, para conseguir os originais dos cheques que foram sacados pelo encanador e amigo pessoal do vice-prefeito Francimar Pereira, "Joaquim do Gabriel", para pagamento de Antônio Virgílio, residente em Alagoinha e apontado como principal executor do crime.

A Polícia já sabe de quais contas foram sacados os dois cheques, um de 5 mil e outro de 10 mil reais, mas os nomes são mantidos em sigilo. Não passou despercebida também a facilidade que Joaquim teve para ser atendido na agência, num claro sinal de que ele tinha costume de fazer operações da mesma natureza no estabelecimento.

Há sinais de que uma nova linha de investigação foi aberta sob sigilo pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado - GRECO. Na manhã de ontem o comandante do grupo, delegado Menandro Pedro da Luz, recebeu informações de um subordinado a partir de Picos e ficou muito satisfeito com o resultado das diligências. Soube-se "que o cerco começa a se fechar".

Imagem: Cleiton JarmesJosé Neci e Francimar Pereira, prefeito e vice de São Julião(Imagem:Cleiton Jarmes)José Neci e Francimar Pereira, prefeito e vice de São Julião

Sem tortura

O delegado Menandro Pedro se mostrou indignado com os comentários, originários dos defensores e de pessoas ligadas aos acusados, de que o Grupo de Combate ao Crime Organizado teria utilizado métodos violentos para obter confissões. "Isso não existe e nós repudiamos esses recursos por questão de formação e porque não necessitamos disso".

O delegado garantiu que o trabalho da Polícia Civil foi altamente criterioso e reúne provas incontestes da participação no crime das pessoas que foram presas e apresentadas. Na última sexta-feira "Joaquim do Gabriel" prestou declarações na presença de um representante do Ministério Público, no caso o promotor João Mendes Benigno Filho, e falou normalmente, com tranquilidade e nenhuma coação, segundo explicou o delegado.

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