A presença dos deputados Fábio Novo, ex-presidente do PT, e Jesus Rodrigues, nas comemorações de aniversário do prefeito de Teresina, sábado, no Encontro das Águas, não foi apenas uma homenagem a um amigo pessoal que completava 50 anos. O ato foi significativo e tem um lado prático na esteira das articulações da eleição do próximo ano. Os dois foram simpáticos à candidatura do prefeito no segundo turno da última eleição. Fábio chegou a pedir ao seu pessoal de gabinete que trabalhasse por Firmino Filho.
Foi também um recado para Wilson Martins, enviado pelo senador Wellington Dias.
O PT quis dizer claramente que está tentando junto à direção nacional conseguir aval para iniciar negociações com o PSDB do Piauí. Sabe que é difícil, tanto que trabalhou nos bastidores, até o último momento a filiação do médico Sílvio Mendes a um partido da base do Governo de Dilma. Sílvio era - e pode continuar sendo - o grande sonho de consumo do PT na disputa de 2014.
Wellington conversou com ele, Assis Carvalho também, mas no final Sílvio acabou optando por ficar engessado no PSDB cujo núcleo principal não quer nem ouvir falar em candidatura própria ao Governo. Agora, abre-se uma perspectiva histórica: a possibilidade de uma aliança PT/PSDB, admitida até mesmo pelo prefeito Firmino Filho, há alguns dias, sugerindo que em política não se fecha a porta.
O senador Wellington Dias, como se costuma dizer nos bastidores, está matriculado e vacinado em política. Sabe muito bem e já ouviu de muitos amigos, que uma indicação de Ciro para compor como vice "seria muito pesada", principalmente se for a deputada Iracema Portella. Margareth Coelho, embora seja casada com um membro da mesma família de Iracema, é considerado um nome muito mais leve.
Essa é "uma engenharia" altamente delicada, como me disse um dos nomes mais fortes do PT numa conversa que resultou neste comentário.
Em resumo: os deputados do PT não estiveram na festa de Firmino somente porque acham 50 anos uma idade bonita. Estavam, e vão estar de olho em 2014.
Imagem: Francyelle Elias/ GP1Firmino Filho
Foi também um recado para Wilson Martins, enviado pelo senador Wellington Dias.
O PT quis dizer claramente que está tentando junto à direção nacional conseguir aval para iniciar negociações com o PSDB do Piauí. Sabe que é difícil, tanto que trabalhou nos bastidores, até o último momento a filiação do médico Sílvio Mendes a um partido da base do Governo de Dilma. Sílvio era - e pode continuar sendo - o grande sonho de consumo do PT na disputa de 2014.
Wellington conversou com ele, Assis Carvalho também, mas no final Sílvio acabou optando por ficar engessado no PSDB cujo núcleo principal não quer nem ouvir falar em candidatura própria ao Governo. Agora, abre-se uma perspectiva histórica: a possibilidade de uma aliança PT/PSDB, admitida até mesmo pelo prefeito Firmino Filho, há alguns dias, sugerindo que em política não se fecha a porta.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Wilson Martins
Na difícil possibilidade de a direção nacional dar o sinal verde para a aliança, a atração do PSDB interessa muito a Wellington Dias, que não está tão satisfeito assim com o que já atraiu, como o PP e o PTB. Essa troca de olhares fulminantes entre PT e PSDB com certeza causa ciúmes ao PP, que exige uma candidatura de vice na chapa de Wellington, indicação que seria na realidade de Ciro Nogueira.O senador Wellington Dias, como se costuma dizer nos bastidores, está matriculado e vacinado em política. Sabe muito bem e já ouviu de muitos amigos, que uma indicação de Ciro para compor como vice "seria muito pesada", principalmente se for a deputada Iracema Portella. Margareth Coelho, embora seja casada com um membro da mesma família de Iracema, é considerado um nome muito mais leve.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Senador Wellington Dias
Wellington procura se afastar da pecha de que está aliado com as famílias mais tradicionais da política do Piauí. Ele não pretende oferecer essa munição para seus adversários e estuda uma solução sem traumas, como um acordo com Firmino, que justificaria o partido de Ciro abrir mão da indicação do vice.Essa é "uma engenharia" altamente delicada, como me disse um dos nomes mais fortes do PT numa conversa que resultou neste comentário.
Em resumo: os deputados do PT não estiveram na festa de Firmino somente porque acham 50 anos uma idade bonita. Estavam, e vão estar de olho em 2014.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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