As declarações de Wilson Martins de que não vai pedir para ninguém ficar no Governo, feitas na última sexta-feira (25) no Palácio de Karnak, foram interpretadas no meio político como o maior "chega-pra-lá" já recebido pelo Partido dos Trabalhadores desde que o PSB entregou os cargos que ocupava a nível nacional com a decisão do partido de ter candidato à Presidência da República.
Foram analisadas ainda como o segundo maior "petardo disparado" pelo governador do Piauí. O primeiro teria sido o de Parnaíba, quando Wilson, falando para jornalistas de todo o Estado no auditório da Fiepi, revelou ter recebido o governo "quebrado" ao assumir em 2010.
Na realidade o que se observa é uma mudança de discurso de Wilson Martins, que até há alguns dias estava "muito light" e agora sinaliza que quer mais espaços para montar a sua estrutura de campanha para 2014, incluindo ai a sua própria candidatura ao Senado, a de Eduardo Campos à Presidência e a de seus candidatos a deputado estadual e federal em que também tem muito interesse.
O que aconteceu?
Algum movimento muito importante foi detectado por Wilson Martins que o levou a engrossar o discurso. Ele sabe que dificilmente terá o PT como aliado por causa da candidatura presidencial do seu partido. Wilson pode ter percebido alguma coisa vindo de cima no sentido de assegurar um acordo no Piauí entre o PMDB e o PT.
Seria difícil, por exemplo, o PT recuar da candidatura de Wellington Dias e se limitar a indicar o vice do PMDB. Não é impossível! O projeto maior de Lula é reeleger Dilma presidente. Para isso ele sacrifica qualquer pretensão regional desde que a candidata do partido saia ganhando.
Procuro compreender os movimentos políticos sempre em perspectiva. No momento, o cheiro que sinto é nessa direção. E, se isto, realmente está acontecendo, Wilson Martins percebeu muito mais cedo do que este modesto repórter porque se trata de um político cuja chegada ao Governo serviu para expor também as suas qualidades de articulador.
Foram analisadas ainda como o segundo maior "petardo disparado" pelo governador do Piauí. O primeiro teria sido o de Parnaíba, quando Wilson, falando para jornalistas de todo o Estado no auditório da Fiepi, revelou ter recebido o governo "quebrado" ao assumir em 2010.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Wilson Martins
Para um expressivo deputado do PMDB que pediu reserva de seu nome no noticiário, "agora fica muito difícil o PT insistir em ficar nos cargos porque começa a passar a imagem de que é muito apegado ao poder". Segundo ele, cada dia que passar daqui para frente mais essa imagem se consolidará terminando por causar um prejuízo político irreversível ao partido de Wellington Dias.Na realidade o que se observa é uma mudança de discurso de Wilson Martins, que até há alguns dias estava "muito light" e agora sinaliza que quer mais espaços para montar a sua estrutura de campanha para 2014, incluindo ai a sua própria candidatura ao Senado, a de Eduardo Campos à Presidência e a de seus candidatos a deputado estadual e federal em que também tem muito interesse.
O que aconteceu?
Algum movimento muito importante foi detectado por Wilson Martins que o levou a engrossar o discurso. Ele sabe que dificilmente terá o PT como aliado por causa da candidatura presidencial do seu partido. Wilson pode ter percebido alguma coisa vindo de cima no sentido de assegurar um acordo no Piauí entre o PMDB e o PT.
Seria difícil, por exemplo, o PT recuar da candidatura de Wellington Dias e se limitar a indicar o vice do PMDB. Não é impossível! O projeto maior de Lula é reeleger Dilma presidente. Para isso ele sacrifica qualquer pretensão regional desde que a candidata do partido saia ganhando.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Wellington Dias
Há pouco tempo Lula deu uma declaração ainda sobre as eleições de prefeitos das capitais em que deixou claro ter aconselhado Wellington Dias a não se candidatar.Procuro compreender os movimentos políticos sempre em perspectiva. No momento, o cheiro que sinto é nessa direção. E, se isto, realmente está acontecendo, Wilson Martins percebeu muito mais cedo do que este modesto repórter porque se trata de um político cuja chegada ao Governo serviu para expor também as suas qualidades de articulador.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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