No final dos anos 60, muito jovem ainda e procedente de Vista Serrana, município do semi-árido da Paraiba, Gil Marques de Medeiros, impetuoso e com notórias habilidades para a atividade comercial, desembarcou em Picos, o município modelo do Piauí, "com armas e bagagens", como diz o velho adágio popular.
A bagagem logo se multiplicou através de grandes empreendimentos como postos de gasolina, transações imobiliárias, empresa de ônibus e concessionária de veículos. Quanto às armas, guardadas em algum lugar pelo menos no inicio da triunfante arrancada, têm sido procuradas com relativa frequência nos últimos tempos e parecem ter com ele uma certa intimidade, mesmo tendo se tornado o "Gil Paraibano" que há sete anos administa a terra que o acolheu.
Na última sexta-feira, por exemplo, o "Gil Paraibano" de hoje, aos 65 anos, portanto com obrigação de agir com maturidade e obedecer as leis e o direito de as pessoas discordarem da sua visão, patrocinou um dantesco episódio na cidade que governa e que deveria respeitar, ao agredir, de trabuco em punho, um vereador adversário que filmava uma de suas obras sob suspeita de irregularidades.
O problema é que até mesmo nos tempos do cangaço não era muito fácil impor a vontade pelas armas. Os espíritos, as idéias, as críticas, as contestações sempre existiram e vão existir. Queira o senhor Gil Paraibano de trabuco em punho ou não.
Conhecida como a cidade Modelo, Picos, assim como todos os municípíos brasileiros, precisa de um administrador democrata, correto, justo, que respeite as opiniões contrárias e que trabalhe diariamente para elevar a qualidade de vida das pessoas.
Picos não precisa de um "cangaceiro modelo".
A bagagem logo se multiplicou através de grandes empreendimentos como postos de gasolina, transações imobiliárias, empresa de ônibus e concessionária de veículos. Quanto às armas, guardadas em algum lugar pelo menos no inicio da triunfante arrancada, têm sido procuradas com relativa frequência nos últimos tempos e parecem ter com ele uma certa intimidade, mesmo tendo se tornado o "Gil Paraibano" que há sete anos administa a terra que o acolheu.
Na última sexta-feira, por exemplo, o "Gil Paraibano" de hoje, aos 65 anos, portanto com obrigação de agir com maturidade e obedecer as leis e o direito de as pessoas discordarem da sua visão, patrocinou um dantesco episódio na cidade que governa e que deveria respeitar, ao agredir, de trabuco em punho, um vereador adversário que filmava uma de suas obras sob suspeita de irregularidades.
Imagem: ReproduçãoGil Paraibano
Nos últimos anos o prefeito de Picos se tornou protagonista de uma série de episódios policiais, devidamente registrados pela imprensa, que podem levá-lo não só a punições exemplares segundo as leis do país como também a substituição de sua imagem de empreendedor pela de homem que se espelha na história do cangaço nordestino para impor a sua vontade.O problema é que até mesmo nos tempos do cangaço não era muito fácil impor a vontade pelas armas. Os espíritos, as idéias, as críticas, as contestações sempre existiram e vão existir. Queira o senhor Gil Paraibano de trabuco em punho ou não.
Conhecida como a cidade Modelo, Picos, assim como todos os municípíos brasileiros, precisa de um administrador democrata, correto, justo, que respeite as opiniões contrárias e que trabalhe diariamente para elevar a qualidade de vida das pessoas.
Picos não precisa de um "cangaceiro modelo".
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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