Na contramão da história e dando nova vida a um episódio que ele mesmo deveria ter interesse em atirar na vala do esquecimento, o prefeito do efervescente economicamente municipio de Picos Gil Marques de Medeiros, um paraibano que só expandiu os negócios da sua família naquela região, às vésperas da eleição que escolherá o seu sucessor, se deixa levar aparentemente por um espírito vingativo e aponta a sua poderosa metralhadora na direção do modesto, mas experiente e respeitado jornalista José Maria Barros, processando o profissional equivocadamente por injúria, calúnia e difamação, que teriam sido praticados no noticiário que tratou da detenção do prefeito no dia 22 de abril de 2011, por policiais militares, que teriam sido desacatados pela autoridade municipal.
Na longa peça com que apresenta sua queixa crime à justiça contra o jornalista, observa-se uma série de pontos que não se encaixam mais na realidade atual que modela as relações entre gestores públicos e imprensa. O novo momento indica que deve haver respeito e cordialidade entre as duas partes, mas nunca um comportamento submisso e condenável que leve um jornalista a deixar de registrar a detenção de um prefeito municipal, no coração de sua cidade, sob a acusação de desacato cometido depois de se recusar a cumprir as regras às quais estão sujeitos a totalidade dos seus mortais munícipes.
Implicância
Numa linha que transparece implicância com José Maria, um dos mais antigos homens de imprensa da historicamente combativa Picos, Gil Paraibano, como o prefeito é conhecido na região, acusa o jornalista de ter publicado no "jornaldepicos.com.br", notícias que atingiram a sua honra e a sua reputação, causando-lhe danos que justificariam a queixa crime.
Numa das cópias de matéria que seria de autoria do jornalista está a notícia sobre a detenção de Gil Paraibano, pouco antes das 18 horas do dia 22 de abril, ao tentar, "com um de seus veículos obstruir a passagem da procissão do senhor morto". Na matéria o redator diz ainda que "Paraibano" apresentava "nítido estado de embriaguez".
Gil Paraibano poderia até extrair da matéria do jornal de Picos algumas raras palavras que pudessem sugerir a intenção do redator de atingir a sua honra, mas certamente teria dificuldades para transformar isto em intenção deliberada de ofendê-lo. No meu modesto entender, as provas apresentadas, em nenhum momento, indicam que houve dolo do autor da matéria, que seguramente não foi o cuidadoso José Maria.
Equivoca-se inexplicavelmente o prefeito de Picos ao apresentar como prova de sua ação uma matéria do jornal de Picos. José Maria nunca foi o autor do texto, não trabalha para esse órgão pela simples razão de que assina seus textos neste portal GP1, como mostra a própria peça do advogado de Paraibano ao transcrever uma matéria assinada pelo profissional que trata do mesmo episódio:
"Prefeito de Picos Gil Paraibano desacata policiais de trânsito e é preso em flagrante
José Maria Barros do GP1
O prefeito de Picos Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB) foi preso no final da tarde desta sexta-feira, 22 de abril, depois de desacatar policiais de trânsito sob o comando do segundo sargento PM Genesiano.Imobilizado, ele foi colocado em uma viatura e conduzido para a Central de Flagrantes, de onde foi liberado duas horas e meia depois do ocorrido.
O fato aconteceu por volta das 17h30min desta sexta-feira, no final da travessa Benedito Reinaldo e começo da praça Justino Luz, que estava completamente tomada por uma multidão de fieis que aguardava a conclusão da homilia do bispo diocesano dom Plínio José Luz da Silva e o inicio da tradicional procissão do senhore Morto, que percorre as principais ruas da cidade.
Segundo informações de populares que presenciaram o ato, o prefeito Gil Paraibano, aparentando estar alcoolizado, parou o seu carro em um local que prejudicava a passagem dos outros veículos e o andamento da procissão e, quando foi alertado por policiais do departamento municipal de Trânsito recusou-se a sair, permanecendo imóvel.
Alertado pelos policiais de trânsito da recusa do prefeito, o sargento PM Genesiano se aproximou e pediu que o mesmo retirasse o carro, pois estava atrapalhando a passagem dos outros veículos que precisavam prosseguir pela travessa Urbano Eulálio a fim de não prejudicar o bom andamento da procissão do Senhor Morto.
"Foi neste momento que o prefeito Gil Paraibano avançou com o carro alguns metros para frente e em tom ríspido desacatou o sargento Genesiano, que em seguida deu voz de prisão ao gestor, que foi imobilizado por outros três policiais militares que estavam próximos e levado em uma viatura para a Central de Flagrantes", contou um dos policiais que participou da abordagem.
Na Central de Flagrantes o prefeito Gil Paraibano foi ouvido pela delegada de plantão Mariléia Dantas Carvalho e liberdado por volta das 20 horas desta sexta-feira. Abatido, ele saiu acompanhado do procurador do município Agrimar Rodrigues de Araújo, familiares e assessores, mas ninguém quis se pronunciar sobre o assunto".
Administrador que conseguiu o respeito de grande parte da população de Picos, ou não teria vencido duas eleições mesmo sendo oriundo de outro Estado, Gil Paraibano, raciocinando em perspectiva, não foi muito bem aconselhado quando decidiu processar José Maria Barros. Primeiro porque comete uma injustiça, à luz dos fatos, e segundo porque ele mesmo trouxe à tona um episódio que, distorcido ou não, não deve ter lugar no currículo de nenhum administrador, seja ele arrogante ou democrata.
Na longa peça com que apresenta sua queixa crime à justiça contra o jornalista, observa-se uma série de pontos que não se encaixam mais na realidade atual que modela as relações entre gestores públicos e imprensa. O novo momento indica que deve haver respeito e cordialidade entre as duas partes, mas nunca um comportamento submisso e condenável que leve um jornalista a deixar de registrar a detenção de um prefeito municipal, no coração de sua cidade, sob a acusação de desacato cometido depois de se recusar a cumprir as regras às quais estão sujeitos a totalidade dos seus mortais munícipes.
Imagem: José Maria Barros/GP1Gil Paraibano
Implicância
Numa linha que transparece implicância com José Maria, um dos mais antigos homens de imprensa da historicamente combativa Picos, Gil Paraibano, como o prefeito é conhecido na região, acusa o jornalista de ter publicado no "jornaldepicos.com.br", notícias que atingiram a sua honra e a sua reputação, causando-lhe danos que justificariam a queixa crime.
Numa das cópias de matéria que seria de autoria do jornalista está a notícia sobre a detenção de Gil Paraibano, pouco antes das 18 horas do dia 22 de abril, ao tentar, "com um de seus veículos obstruir a passagem da procissão do senhor morto". Na matéria o redator diz ainda que "Paraibano" apresentava "nítido estado de embriaguez".
Gil Paraibano poderia até extrair da matéria do jornal de Picos algumas raras palavras que pudessem sugerir a intenção do redator de atingir a sua honra, mas certamente teria dificuldades para transformar isto em intenção deliberada de ofendê-lo. No meu modesto entender, as provas apresentadas, em nenhum momento, indicam que houve dolo do autor da matéria, que seguramente não foi o cuidadoso José Maria.
Equivoca-se inexplicavelmente o prefeito de Picos ao apresentar como prova de sua ação uma matéria do jornal de Picos. José Maria nunca foi o autor do texto, não trabalha para esse órgão pela simples razão de que assina seus textos neste portal GP1, como mostra a própria peça do advogado de Paraibano ao transcrever uma matéria assinada pelo profissional que trata do mesmo episódio:
"Prefeito de Picos Gil Paraibano desacata policiais de trânsito e é preso em flagrante
José Maria Barros do GP1
O prefeito de Picos Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB) foi preso no final da tarde desta sexta-feira, 22 de abril, depois de desacatar policiais de trânsito sob o comando do segundo sargento PM Genesiano.Imobilizado, ele foi colocado em uma viatura e conduzido para a Central de Flagrantes, de onde foi liberado duas horas e meia depois do ocorrido.
O fato aconteceu por volta das 17h30min desta sexta-feira, no final da travessa Benedito Reinaldo e começo da praça Justino Luz, que estava completamente tomada por uma multidão de fieis que aguardava a conclusão da homilia do bispo diocesano dom Plínio José Luz da Silva e o inicio da tradicional procissão do senhore Morto, que percorre as principais ruas da cidade.
Segundo informações de populares que presenciaram o ato, o prefeito Gil Paraibano, aparentando estar alcoolizado, parou o seu carro em um local que prejudicava a passagem dos outros veículos e o andamento da procissão e, quando foi alertado por policiais do departamento municipal de Trânsito recusou-se a sair, permanecendo imóvel.
Alertado pelos policiais de trânsito da recusa do prefeito, o sargento PM Genesiano se aproximou e pediu que o mesmo retirasse o carro, pois estava atrapalhando a passagem dos outros veículos que precisavam prosseguir pela travessa Urbano Eulálio a fim de não prejudicar o bom andamento da procissão do Senhor Morto.
"Foi neste momento que o prefeito Gil Paraibano avançou com o carro alguns metros para frente e em tom ríspido desacatou o sargento Genesiano, que em seguida deu voz de prisão ao gestor, que foi imobilizado por outros três policiais militares que estavam próximos e levado em uma viatura para a Central de Flagrantes", contou um dos policiais que participou da abordagem.
Na Central de Flagrantes o prefeito Gil Paraibano foi ouvido pela delegada de plantão Mariléia Dantas Carvalho e liberdado por volta das 20 horas desta sexta-feira. Abatido, ele saiu acompanhado do procurador do município Agrimar Rodrigues de Araújo, familiares e assessores, mas ninguém quis se pronunciar sobre o assunto".
Imagem: Foto: ReproduçãoJornalista José Maria Barros
Neste texto, José Maria é muito cuidadoso e atribui suas informações a populares e a um dos policiais que participaram do episódio, não desrespeitando ou fornecendo qualquer sinal de que teria interesse em atingir a honra de Paraibano.Administrador que conseguiu o respeito de grande parte da população de Picos, ou não teria vencido duas eleições mesmo sendo oriundo de outro Estado, Gil Paraibano, raciocinando em perspectiva, não foi muito bem aconselhado quando decidiu processar José Maria Barros. Primeiro porque comete uma injustiça, à luz dos fatos, e segundo porque ele mesmo trouxe à tona um episódio que, distorcido ou não, não deve ter lugar no currículo de nenhum administrador, seja ele arrogante ou democrata.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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