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Colunista Feitosa Costa
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Vigilante em fuga deu grito de deboche após matar fiscal no campus da Universidade Federal do Piauí


"Chama o Samu que eu acabei de descarregar a arma no fiscal". Foi assim, com um grito em tom de deboche frio e calculado, que o vigilante Ernandes Alves de Sousa, de 31 anos, passou em fuga pela guarita da entrada principal da Universidade Federal, na Ininga, logo depois de ter acertado dois tiros mortais dos cinco que disparou contra o fiscal de vigilância Carlos Alberto Gomes, de 30 anos, pai de dois filhos menores, às 20h30 da última quinta-feira.

Esse detalhe, que demonstra toda a frieza do assassino, foi conhecido no final da tarde de segunda-feira (30), porque consta da representação pela prisão preventiva do acusado encaminhada pelo delegado Ademar da Silva Canabrava, do 12° Distrito, ao juiz da lª Vara Criminal de Teresina. Durante o final de semana, a equipe do delegado fez diligências, mas não conseguiu localizar o esconderijo do assassino.

De acordo com os levantamentos realizados pela equipe do 12° Distrito, Ernandes atirou cinco vezes contra Carlos Alberto, que ainda estava sentado na motocicleta em que fiscalizava o serviço dos colegas da empresa de segurança PIVSEG, que tem contrato com a Universidade Federal do Piauí para garantir a segurança no Campus.

As testemunhas

O vigilante Valdecy de Sousa Rocha afirmou para o delegado Canabrava que o assassino tinha se queixado de uma suspensão que levara em consequência de anotações do inspetor Carlos Alberto sobre o seu comportamento durante os plantões no campus.

Outro vigilante, Naldo Rodrigues de Miranda, disse ter avistado a vítima antes do crime e que apenas ouviu os tiros.

O delegado Canabrava arrolou ainda como testemunhas Genivaldo Sales da Silva, Francisco de Barros Saraiva e a esposa da vítima, Naila Tatiana Carvalho da Silva.

O inspetor de vigilância deixou dois filhos: uma menina de oito anos e um menino de quatro. Ele tinha uma ficha muito boa na empresa e seu trabalho era reconhecido. De acordo com os levantamentos dos policiais, Carlos Alberto cumpria rigorosamente suas obrigações.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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