O ano de 2012 inicia com uma grande expectativa da população piauiense em torno de respostas para duas perguntas que as autoridades policiais não conseguiram responder nos quatro meses que antecederam a virada: em que circunstâncias a estudante de direito Fernanda Lages Veras, de 19 anos morreu e qual a causa verdadeira do incêndio que destruiu completamente o banco de documentos da Secretaria de Saúde do Estado.
Uma terceira pergunta não quer calar: por que ninguém nunca sentiu nem o cheiro do cadáver em decomposição do fotógrafo Delson Castelo, desaparecido exatamente um mês antes do dia em que foi encontrado praticamente sob a ponte do Tancredo Neves, embora exista trilhas naquele local feitas por pessoas que não raro buscam se esconder ou consumir drogas? Coincidência ou não o encontro se deu no momento em que a investigação sobre a morte de Fernanda era transferida oficialmente para a Polícia Federal.
Os fatos
A estudante Fernanda Lages Veras, uma bela garota nascida de uma família de Barras bem situada financeiramente, tornou-se, cerca de quatro meses antes de ser encontrada morta no prédio em acabamento do Ministério Público Federal, na avenida João XXIII, uma freqüentadora da noite teresinense, especialmente das casas de show mais badaladas.
A sua beleza e simpatia ampliaram os seus laços de amizades em sofisticados campos sociais e seus passos passaram a ser observados por inúmeros conquistadores dessa área em que ela transitava com grande desenvoltura. Fernanda provocou suspiros e paixões diversas. Algumas dessas paixões, segundo contaram suas amigas, um tanto obsessivas.
Fernanda foi encontrada na quinta-feira. No sábado seguinte, à noite, é divulgada a informação de que a garota poderia ter se suicidado. A família reage, afirmando que ela não tem motivos e a investigação prossegue. No final, a Polícia Civil apresenta um relatório afirmando que houve uma morte violenta, mas não diz se foi homicídio ou suicídio.
Os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha protestam. A mobilização para que a PF entre nas investigações já tinha começado. O ministro da Justiça autoriza e o juiz Antônio Nolêto remete os autos para a Polícia Federal. O delegado Alberto chega, mas já se sabe que havia levantamentos anteriores feitos por colegas piauienses. Alberto é discreto, com fama de eficiente e trabalha em silêncio. Surpreendentemente, durante interregatório de uma testemunha, pergunta se ela sabe quem é um conhecido profissional do crime. A testemunha diz que não.
As investigações em torno do caso devem recomeçar para valer a partir da próxima segunda-feira (9).
O incêndio da Saúde
Curiosamente, o incêndio na Saúde fugiu à regra: geralmente os curtos-circuitos costumam acontecer nos momentos em que as redes elétricas estão mais sobrecarregadas, com luzes, equipamentos eletrônicos, ar condicionados ligados. Na Secretaria de Saúde do Estado do Piauí foi o contrário: o suposto curto se deu quando a rede elétrica estava em posição de descanso.
Soube-se que existe uma investigação para saber se por algum meio foi introduzida no prédio alguma substância inflamável.
Uma terceira pergunta não quer calar: por que ninguém nunca sentiu nem o cheiro do cadáver em decomposição do fotógrafo Delson Castelo, desaparecido exatamente um mês antes do dia em que foi encontrado praticamente sob a ponte do Tancredo Neves, embora exista trilhas naquele local feitas por pessoas que não raro buscam se esconder ou consumir drogas? Coincidência ou não o encontro se deu no momento em que a investigação sobre a morte de Fernanda era transferida oficialmente para a Polícia Federal.
Os fatos
A estudante Fernanda Lages Veras, uma bela garota nascida de uma família de Barras bem situada financeiramente, tornou-se, cerca de quatro meses antes de ser encontrada morta no prédio em acabamento do Ministério Público Federal, na avenida João XXIII, uma freqüentadora da noite teresinense, especialmente das casas de show mais badaladas.
A sua beleza e simpatia ampliaram os seus laços de amizades em sofisticados campos sociais e seus passos passaram a ser observados por inúmeros conquistadores dessa área em que ela transitava com grande desenvoltura. Fernanda provocou suspiros e paixões diversas. Algumas dessas paixões, segundo contaram suas amigas, um tanto obsessivas.
Imagem: Foto: ReproduçãoFernanda Lages.
Irradiando vontade de viver eis que essa garota, que tinha planos para crescer muito inclusive economicamente, é encontrada morta ao amanhecer do dia 25 de agosto, no pátio posterior do prédio que sediará a Procuradoria da República no Piauí. No inicio das investigações o delegado Mamede Rodrigues, do 5º Distrito, não tinha dúvidas:"a moça foi assassinada". Mais tarde descobriu-se quer ela havia caído ou sido empurrada de um pátio que existe na cobertura do prédio.Fernanda foi encontrada na quinta-feira. No sábado seguinte, à noite, é divulgada a informação de que a garota poderia ter se suicidado. A família reage, afirmando que ela não tem motivos e a investigação prossegue. No final, a Polícia Civil apresenta um relatório afirmando que houve uma morte violenta, mas não diz se foi homicídio ou suicídio.
Os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha protestam. A mobilização para que a PF entre nas investigações já tinha começado. O ministro da Justiça autoriza e o juiz Antônio Nolêto remete os autos para a Polícia Federal. O delegado Alberto chega, mas já se sabe que havia levantamentos anteriores feitos por colegas piauienses. Alberto é discreto, com fama de eficiente e trabalha em silêncio. Surpreendentemente, durante interregatório de uma testemunha, pergunta se ela sabe quem é um conhecido profissional do crime. A testemunha diz que não.
As investigações em torno do caso devem recomeçar para valer a partir da próxima segunda-feira (9).
O incêndio da Saúde
Imagem: ReproduçãoIncêndio em prédio da secretaria de Saúde
As autoridades policiais também não esclareceram, pelo menos até aqui, as causas do incêndio que se iniciou às 18h30min do dia 24 de outubro, no bloco do centro administrativo em que funcionava a Secretaria de Saúde do Estado e a Controladoria do Estado. O incêndio ‘torrou’ toda a documentação da Secretaria. Todo o seu histórico de compras, recebimentos, repasses, enfim, tudo que recomendava o aplauso ou a condenação de seus últimos gestores.Curiosamente, o incêndio na Saúde fugiu à regra: geralmente os curtos-circuitos costumam acontecer nos momentos em que as redes elétricas estão mais sobrecarregadas, com luzes, equipamentos eletrônicos, ar condicionados ligados. Na Secretaria de Saúde do Estado do Piauí foi o contrário: o suposto curto se deu quando a rede elétrica estava em posição de descanso.
Soube-se que existe uma investigação para saber se por algum meio foi introduzida no prédio alguma substância inflamável.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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