Posição da Corregedora do CNJ é apoiada por quem realmente combate a corrupção

O ridículo episódio proporcionado pelos presidentes de três associações de magistrados brasileiros, que reagiram enfurecidos à decisão da ministra Eliana Calmon de averiguar as movimentações financeiras atípicas de juizes de São Paulo, pode servir para que o povo brasileiro identifique quais são os setores que de fato estão comprometidos com um judiciário forte e incondicional combatente da corrupção.

Dezenas de juizes federais espalhados por todo o Brasil começaram a se manifestar a favor da posição da Corregedora do Conselho Nacional de Justiça.

Um ministro do Supremo chegou a revelar que "enquanto a corregedoria inspecionava cachorro morto dos tribunais do Piauí ninguém dizia nada". Aqui no Piauí um discreto juiz comentou: "um magistrado não deve ter medo de mostrar suas contas".
O comentário do ministro é um estímulo para que a Associação dos Magistrados do Piauí, ao contrário da nada republicana posição da associação de São Paulo, declare seu apoio ao trabalho da Ministra uma vez que a corregedoria do CNJ já passou pelo Piauí e tudo indica que nada de muito grave foi detectado.

"Pega muito mal"

Conversei demoradamente nas últimas horas com um juiz dos mais discretos do Piauí. Seu comentário inicial depositando confiança no jornalista: "pega muito mal para qualquer associação de magistrado do Brasil, principalmente as do Norte e Nordeste, defender uma posição tão suspeita quanto esta de impedir a investigação da Corregedoria do CNJ sobre movimentaçoes financeiras completamente atípicas de magistrados especialmente de São Paulo. Um juiz não deve ter medo de mostrar as suas contas".

A ministra Eliana Calmon esteve recentemente em Teresina quando foi homenageada pelo Tribunal de Justiça com as presenças de destacadas autoridades. No Facebook, Calmon tem recebido o maior apoio da população e de juiz comprometidos com o combate à corrupção de todo o Brasil.