Familiares da ex-sinhazinha do Boi Garantido Djidja Cardoso denunciaram à polícia que a mãe e o irmão dela, Cleusimar e Ademar Cardoso, impediram que eles a ajudassem a obter tratamento contra dependência química. Djidja foi encontrada morta no dia 28 de maio dentro da casa em que morava com a mãe e o irmão, localizada em Manaus, capital do Amazonas.
Desde então, Cleusimar e Ademar Cardoso estão presos preventivamente, enquanto são investigados por integrarem um grupo religioso que utilizava cetamina –anestésico utilizado em humanos e animais- em rituais. Até o momento, a Polícia Civil do Amazonas suspeita que a ex-sinhazinha morreu por overdose da medicação.
O Instituto Médico Legal (IML) indicou que o resultado do exame de necropsia realizado em Djidja Cardoso deve ser disponibilizado em até 30 dias.
Segundo os familiares, a estrela do Festival de Parintins começou a ser usuária de cetamina há um ano. Diante disso, eles tentaram ajudá-la, mas foram impedidos por Cleusimar e Ademar, que também faziam uso constante da cetamina. Os dois impediram que ela recebesse o tratamento contra o vício.
Devido à dependência, os parentes afirmaram que, nos últimos meses, Djidja Cardoso ficou bastante debilitada e não conseguia sair da cama. "Ela ficou muito dependente. Então, ela não vivia mais sem. Ela estava usando fralda, não conseguia mais se levantar, as pernas inchadas. A Djidja não queria que as pessoas vissem ela daquele jeito. Ela já estava com vergonha da aparência dela, mas para eles [mãe e irmão] era normal", denunciou a prima da ex-sinhazinha.
Dias antes da morte de Djidja, essa mesma prima chegou a registrar um Boletim de Ocorrência contra a mãe e o irmão da vítima, por sequestro e cárcere privado. Conforme registrado, a ex-sinhazinha era proibida de receber visitas e de sair de casa por conta do efeito da droga. O irmão dela, Ademar Cardoso, é apontado como o responsável pela aquisição da cetamina que era utilizada pela família.