O zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, foi afastado pelo clube alvinegro após os desdobramentos da operação “Penalidade Máxima”, do Ministério Público do Goiás. Agora, novas conversas vem à tona e a situação do defensor – que negou qualquer tipo de interação a diretoria santista – se torna cada vez mais difícil. Por não ter levado o cartão vermelho, ora ‘combinado’ com os aliciadores, o atleta devia R$ 800 mil.
Eduardo Bauermann aceitou R$ 50 mil para levar um cartão amarelo em uma partida do Campeonato Brasileiro, diante do Avaí, em 5 de novembro de 2022, mas não cumpriu sua parte no acordo. Na intenção de se redimir, Bauermann prometeu que seria expulso diante do Botafogo, na rodada seguinte. Ele cumpriu, mas a expulsão após o apito final não foi contabilizada pelas casas de apostas.
Desta forma, Bauermann começou a ser ameaçado de morte pelos ‘credores’ para que ressarcisse a quadrilha. De acordo com as conversas que constam no processo, o zagueiro alegou que não tinha a quantia necessária para a reposição e se comprometeu, por meio de seu empresário Luiz Taveira, a pagar R$ 50 mil mensais em 20 parcelas, além de usar seus direitos econômicos (o atleta tem 20% de seu passe) para amortizar a dívida. Para isso, Bauermann contava que o Santos o negociasse em uma próxima janela. O último pagamento registrado aconteceu em fevereiro.
Segundo o ministério Público, Luiz Taveira, empresário de Eduardo Bauermann ajudou-o a se resolver com os credores após descumprir parte do acordo. Bauermann devolveu os R$ 50 mil que já havia recebido e se comprometeu a efetuar o pagamento mensal para abater a dívida.
A operação ainda resgatou mensagens de Eduardo Bauermann e Fernando Neto que, à época, atuava no Operário e hoje joga no São Bernardo. Também investigado pela Operação Penalidade Máxima, o atleta ofereceu R$ 60 mil para que Bauermann levasse um cartão amarelo, e naquele momento, o camisa 4 recusou.
Após um voto de confiança no zagueiro, o Santos resolveu afastá-lo até o desenrolar das investigações. O Peixe se colocou solidário à investigação. A Operação Penalidade Máxima investiga jogos da Série A, Série B e dos Estaduais de 2023. Celulares e computadores foram confiscados para investigação.
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