A Polícia Civil de Santa Catarina abriu um inquérito para investigar a suspeita de apropriação indébita ou estelionato após a estudante de Direito, Cláudia Roberta Silva, da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF), em Chapecó, admitir aos colegas ter perdido todo o dinheiro da formatura da turma em apostas online. Ela fazia parte da comissão de organização da festa e havia recebido quase R$ 80 mil. Vítimas, testemunhas e a suspeita serão ouvidas nos próximos dias.
A festa estava marcada para o dia 22 de fevereiro e, cerca de um mês antes, a própria estudante enviou uma mensagem para os colegas afirmando ter usado o dinheiro em apostas. "Perdi todo o dinheiro da formatura", escreveu Cláudia no grupo. "Me viciei em apostas online, Tigrinho e afins, e, quando perdi todo o dinheiro que tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E, aí, cada vez mais fui me afundando no jogo."
Por três anos, os formandos contribuíram para arrecadar o montante que ficou sob responsabilidade da suspeita, e apenas R$ 2 mil foram pagos à empresa contratada para organizar a festa, como adiantamento. Os R$ 78 mil restantes deveriam ser quitados em dezembro de 2024. Contudo, a empresa não foi paga no prazo e entrou em contato com os alunos em janeiro. Assim, o grupo registrou um boletim de ocorrência.
A empresa informou, por meio de nota, que não tinha responsabilidade sobre a arrecadação e a administração dos valores e que busca soluções para viabilizar a realização da festa. Os alunos organizaram uma vaquinha online e eventos para arrecadar fundos e remarcar a formatura para maio deste ano.
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