A Fiocruz enviou nesta quarta-feira, 19, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedido de registro de um novo teste molecular para o diagnóstico da covid-19. O desenvolvimento de um segundo novo exame também foi concluído nesta quarta e deve ser submetido nas próximas semanas à Anvisa. Com a aprovação dos novos testes nacionais, o País avança no caminho da independência das importações desses produtos.
Na semana passada, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) alertou para o risco de falta de testes. Também pediu às autoridades sanitárias públicas e privadas para priorizar os exames.
O teste já submetido à Anvisa é do tipo RT-PCR e é capaz de diferenciar os vírus da influenza A e B, além do Sars-CoV-2. Torna possível o diagnóstico dessas doenças em um único teste.
“Sempre que falamos em infecção respiratória, nos referimos a um tipo de doença que pode ser provocada por uma enorme gama de microorganismos”, explicou o virologista Fernando Motta, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC/Fiocruz. “A disponibilização desses kits no) Sistema Único de Saúde (SUS) permitirá, de modo econômico, a identificação viral.”
O segundo teste, ainda não submetido à Anvisa, é o Quadriplex SC2/VOC. Permitirá a detecção e triagem das variantes Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron do Sars-CoV-2, também com tecnologia PCR em tempo real (RT-PCR).
“Ambos os kits são mais uma importante contribuição de Bio-Manguinhos em um momento em que vivenciamos um aumento de casos de covid-19, fruto da variante Ômicron, assim como estamos registrando um alto número de infectados pela influenza”, afirmou o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos, Sotiris Missailidis.
Desde o início da pandemia, a Fiocruz produz exames para diagnóstico da covid-19. Até o momento, já foram fornecidos ao Ministério da Saúde cerca de 20 milhões de testes moleculares RT-PCR.
Desde agosto do ano passado, a Fiocruz faz também testes rápidos de antígeno para os laboratórios públicos de todo o País. Já foram entregues cerca de 45 milhões desses exames, tornando a Fiocruz a maior produtora nacional de testes rápidos.
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