O governo federal incluiu a população com deficiência na lista de grupos prioritários para a vacinação contra a covid-19. O Plano Nacional está publicado na página do Ministério da Saúde, com atualizações feitas nesta sexta-feira, 19.
“Além dos indivíduos com maior risco para agravamento e óbito devido às condições clínicas e demográficas, existem ainda grupos com elevado grau de vulnerabilidade social e, portanto, suscetíveis a um maior impacto ocasionado pela covid-19”, diz o ministério.
“Pessoas com deficiência têm encontrado diversas barreiras para adesão a medidas não farmacológicas”, ressalta a pasta.
Na tabela atualizada do plano, 6.472 pessoas com deficiência que vivem em instituições e 7.749.058 com deficiências permanentes foram incluídas.
“Pessoas com deficiência que vivem em residência inclusiva (RI), que é uma unidade ofertada pelo Serviço de Acolhimento Institucional, para jovens e adultos com deficiência”, esclarece o documento. “Deficiência autodeclarada e documento que comprove a residência. Orienta-se a vacinação no local, contemplando também os trabalhadores desses locais”, ressalta o ministério.
“Para fins de inclusão na população-alvo para vacinação, serão considerados indivíduos com deficiência permanente aqueles que apresentem uma ou mais das seguintes limitações: 1 – Limitação motora que cause grande dificuldade ou incapacidade para andar ou subir escadas. 2 – Indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de ouvir mesmo com uso de aparelho auditivo. 3- Indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de enxergar mesmo com uso de óculos. 4- Indivíduos com alguma deficiência intelectual permanente que limite as suas atividades habituais, como trabalhar, ir à escola, brincar, etc”, detalha o ministério.
O Ministério da Saúde manifestou nesta semana a intenção de compra de mais 30 milhões de doses da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan. A expectativa é de receber o novo lote entre outubro e dezembro. Essa remessa se somará aos 100 milhões de doses já compradas do imunizante. O instituto paulista diz que a proposta está sob análise.
Até agora, o Butantan já entregou 9,8 milhões. A previsão é de entregar até abril, ao todo, 46 milhões. Outros 54 milhões de unidades restantes serão enviados até o fim de agosto. As previsões, no entanto, podem ser alteradas por causa da dificuldade de o Butantan conseguir os insumos para fabricar a vacina, que vêm da China.
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