O governo brasileiro pediu ajuda aos Estados Unidos para tentar socorrer a rede de saúde do Amazonas após o estoque de oxigênio acabar em vários hospitais da capital, Manaus, nesta quinta-feira, 14. A situação levou pacientes internados à morte por asfixia, segundo relatos de médicos.
O pedido é que um avião da Força Aérea americana auxilie no transporte de cilindros de oxigênio para a cidade. “Tem lugar que tem oxigênio, mas não tem uma aeronave que transporte oxigênio em cilindro", disse o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), que disse ter conversado com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre o pedido de ajuda.
“Estamos tentando, junto à embaixada dos EUA, a liberação de um avião da Força Aérea norte-americana, um Galaxy, para levar o oxigênio”, afirmou Ramos, em referência ao cargueiro C-5 Galaxy, usado pela Força Aérea dos Estados Unidos. De acordo com o parlamentar, que é aliado do governador amazonense Wilson Lima, o único avião cargueiro de propriedade do Estado está em manutenção.
Procurada, a embaixada dos Estados Unidos em Brasília disse, por meio de sua assessoria, que "está ciente da solicitação e que está em contato com as autoridades brasileiras para tratar do assunto". Também questionado, o Itamaraty não se manifestou.
A Força Aérea Brasileira também tem atuado para tentar socorrer a rede de saúde do Amazonas. Na quarta-feira, uma aeronave levou 8 toneladas de equipamentos hospitalares para a cidade - incluindo cilindros de oxigênios - , que sofre com a explosão de casos de covid-19.
Com o colapso da rede de atendimento, o Amazonas deve transferir os seus pacientes a outros Estados. A ideia é que ao menos 750 pessoas recebam tratamento em diversas outras cidades.
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