O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quarta-feira, 6, que a entidade está trabalhando com o governo brasileiro e que "vai dar qualquer apoio que o País precisar" na luta contra a pandemia do novo coronavírus. O Brasil já registrou 6.921 mortes e tem 114.715 pessoas infectadas.
"Estamos trabalhando com o governo brasileiro e vamos continuar trabalhando para dar qualquer apoio que precisarem", disse Tedros. Em seguida, o diretor do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, complementou dizendo que o braço da entidade nas Américas, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), tem um escritório regional no Brasil.
Questionado sobre a situação de Manaus, no Amazonas, Ryan respondeu no passado a OMS já trabalhou com governos subnacionais. "Estamos dispostos a fornecer apoio técnico a qualquer Estado (do Brasil) se os governos solicitarem".
A OMS voltou a alertar os países que consideram amenizar as restrições de circulação de pessoas e listou seis critérios necessários para fazê-lo de maneira segura. Primeiro, que haja vigilância forte, que os casos de infecção e de mortes estejam em declínio e que a transmissão local tenha sido controlada. Depois, que o sistema de saúde seja capaz de detectar, isolar, testar, tratar os casos e identificar pessoas que entraram em contato com pessoas infectadas.
Também ressaltou a importância de minimizar a possibilidade de surtos em ambientes como unidades de saúde e asilos, e a a necessidade de implementação de medidas preventivas em escolas e locais de trabalho. Por fim, recomendou o gerenciamento dos riscos de "importar" casos e que as comunidades estejam totalmente engajadas e conscientes dos riscos.
"O risco de retornar ao bloqueio permanece muito real se os países não gerenciarem a transição com muito cuidado e com uma abordagem de fases", disse Tedros. Ele lembrou que embora o número de casos relatados na Europa Ocidental esteja diminuindo, mais infecções estão sendo registradas todos os dias na Europa Oriental, na África, no Sudeste Asiático e na região das Américas. A média de novos casos diários é de 80 mil, totalizando mais de 3,5 milhões de infectados e mais de 250 mil mortes.
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