Secretário Francisco Costa empossa 51 concursados

Após cinco anos de espera, 51 dos 191 profissionais da saúde aprovados no certame 01/2011 foram empossados, na manhã desta segunda-feira (20). Os secretários de Saúde, Francisco Costa e de Administração, Franzé Silva estiveram presentes na solenidade, que aconteceu no pátio da Sesapi.

O secretário Francisco Costa afirmou que os empossados serão distribuídos em 11 cidades do Estado. “Os novos servidores públicos atenderão aos municípios de Teresina, Parnaíba, Piripiri, Campo Maior, Valença, Picos, Floriano, Uruçui, Bom Jesus, Corrente e São Raimundo Nonato”, ressaltou. Entre os profissionais, estão médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros.
Em meio à cerimônia, um grupo de nomeados protestou a posse parcelada decidida pelo governador Wellington Dias. Isso porque os outros 140 aprovados só serão empossados em outras duas etapas, sendo a segunda em novembro e a última em maio de 2017.

Franzé Silva culpou a gestão passada pela demora da posse e garantiu que apesar de ter sido dividida, todos os aprovados ocuparão os respectivos cargos aos quais passaram por meio de concurso público. “Nós tínhamos dois caminhos: chamar alguns e esquecer os outros ou convocar todos dessa forma, por conta do limite prudencial de despesa com pessoal. Então o governador de forma sensível, pediu a permissão da Assembleia Legislativa para poder fazer isso. Mesmo com dificuldades, vamos sim dar posse a todos eles”, esclareceu.

Uma das aprovadas desse concurso homologado em 2012, Márcia Brandão, na área de serviço social, expôs a sua indignação interrompendo o discurso de Franzé. “Vocês tiraram o sorriso dos nossos rostos há quatro anos! Assistimos durante todo esse tempo um total desrespeito conosco e com o serviço de saúde” criticou. Ela ainda reitera que empossar um nomeado após um ano é inconstitucional. “Batalhamos e abrimos mão de tantas coisas para estudar. E, ainda depois de quatros anos, vamos esperar mais um ano para ser empossados, isso fere a constituição”, complementou.
Ainda segundo Márcia, o Ministério Público Estadual divulgou um relatório em que cerca de 2.500 terceirizados estavam trabalhando na Saúde Pública, desde 2013. Entretanto, Franzé pontua que em um ano e meio, o Governo está “fazendo malabarismo” nesse momento de crise e que isso está afetando todas as áreas, em todo o país.

O secretário explicou que esses auxiliares são temporários e pagos através de convênios, e não com recursos do Tesouro Nacional, assim como os concursados. “Os aprovados questionam que o Estado poderia tirar esses terceirizados e fazer a convocação, mas é preciso entender que esses recursos são provisórios de algum programa e abrem a possibilidade de ter auxiliares em algumas áreas, sendo isso permitido pelos ministérios e financiadores. Precisamos ter responsabilidade para não afetar a folha de pagamento dos 96 mil servidores, assim como ter a preocupação de que qualquer erro pode atingir os três milhões e 200 mil piauienses”, concluiu.